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segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Esquina- Vamonos a pescar....



Finalmente... Três talvez quatro anos depois eu poderia pescar um dourado. El Tigre. O Rei dos Rios.


Uma coisa que não contei no post anterior. Logo que chegamos a Cabaña del Soñador demorou um pouco para sermos atentidos. Não havia ninguém do pessoal da gerência naquele instatnte
Certamente não nos esperavam tão cedo !
Então fomos dar um olhada nas lanchas junto ao ancoradouro. Umas lanchas grandes de fibra de vidro. Marca Orca. Tem  uma cabine na proa. E para complementar um "toldo" extra em fibra de vidro complementando a cabine. Todas com propulsão Yamaha 90 h.p. em motores de popa que pareciam  ser novos. E nenhum acento para os tripulantes à vista, a não ser um recosto de fibra junto a borda da popa.
O sentimento desta turma é, via de regra, de pessimismo.


Então se ouve frases do estilo:.
"Se eu tiver que ir sentado aí vou me fuder, vai estourar as minhas costas"!
O Tarci que apesar de ter errado o caminho já tinha pescado lá disse que se usava umas cadeiras de praia no deck.
"Cadeira de praia. Im-pô-ssíiivel...."
Por certo haveria sombra.
Achei a principio os motores subdimensionados  para as lanchas. Mas estou muito influenciado pelos 'bass boats" de alguns amigos meus da ARPIA. E é claro toda aquela cabine, além de peso extra significa  grande arrasto aerodinâmico. O que me preocupava era um explosão de consumo se a pesca nos levasse a ponto mais distantes. Um pescador (irei omitir nomes em certas passagens para evitar constragimentos ) declarou que certamente que o consumo não seria o problema pois a pousada  fora indicado por um "baita dum pão duro"!
Mas desempenho, significa tempo de deslocamento e, de novo, se a pesca los levasse para rios mais longícuos como  El Toro ou San Antonio poderia significar uma hora ou duas de pesca perdidos.


Na janta ficamos sabendo atráves do pessoal que chegara de manhã que a pesca não estava muito prolífica.


Então acordamos, tomamos café da manhã e fomos pescar. Escovei os dentes com os dedos pois não havia levado a escova de dente.  Normal. Incrivel seria  escovasse com os dedos do pé. Aí ia arrajnar emprego no Cirque de Soleil, no show Cochon.


Vamonos a pescar.


 Nos apresenatmos aos guias de pesca. Que no Brasil chamamos de piloteros, que francamente é um pouco desmerecedor do trabalho que estes rapazes fazem. Logo que começei a ir a Esquina eles pareciam rejeitar o nome, mas  a acabou  pegando devido ao grande afluxo de brasileiros.

O grupo do Papamovel iria ser guiado pelo Guillermo, que também é chamado de Sapo. O Papamovel então tava virado  num zoologíco, disse alguém da nossa turma. Já que tinhas dois sapos, um pintado e uma marreca.
O habito de dormir na cabine e o seu suave roncar acabou gerando a especulação de um "downgrade"  dentro dos peixes de couro, talvez melhor que pintado fosse 'armado'.

Nossa turma, que o comportamento oscilava entre os Três Patetas sem tapas e marteladas na cabeça e nos melhores momentos  um bom "sketch" dos Irmãos Marx  sem nenhum mudo, muito pelo contrário. Mas com bastante mímica, especialmente para caracterizar raros xingamentos não verbais (xingamos muito, raras vezes não verbalizamos)  e ajudar o portunhol na comunicação com o guia.
Garoto Enchaqueca da Mtv vem a lembrança para descrever o humor dos participantes.
Buenas os "Migraine boys" iam pescar com Macchi. Um sujeito que por sorte, mostrou ter bom humor, paciência e esportiva para nos aguentar. Caracteristica fundamental para a função dele mas ele  participou bem do humor do grupo.

O dia estava fabuloso. Previsão do tempo indicava o  risco mínimo de chuva mas muitas  nuvens.
Não foi o caso. Nada de nuvens e havia pouco vento.Condições ideais para pescar o Paranazão.

Aì o pessoal encrenca. Nós não gostamos muito de pescar o Grande Rio. Simplesmente porque é muito grande e muito profundo e a pesca é mais tediosa. Tem que ser ter a esperança de passar  junto a um buraco e engatar um peixe, durante 10 horas de pescaria não tem muita ação.
A contra partida é que em tamanha água é habitada por animais  que não se sentem confortáveis em meros riozinhoss. Os maiores peixes são tirados no Paranazão. Dourados de mais de quinze kilos, pintados de mais trinta, raias de mais de cem. 
A nossa turma gosta  mais de ação, prefere joagr omaha  por centavos do que biriba por milhões. Gostamos de pegar uma dezena de peixes menores e ocasionalmente um de medida e se divertir o dia inteiro do que passar o dia inteiro tendo um única chance a um troféu. diz se que o peixe é de medida se ele tem o tamanho minimo permitido por lei para ser abatido. Na Argentina as medidas são mais rigorosas  que a nossas, exemplo que deveriamos seguir.
É claro que governo sem dinheiro tem fiscalização proecária. Mas de modo geral,  a mentalidade dos pescadores que vão a Esquina, a titude dos pescadores brasileiros é muito pior que a dos Argentinos em relação a cotas e medidas
Nossa turma é do bem.  Compramos sempre a licença, e levamos peixes legais. Infelizmente, algyns tiveram que aprender  a lição domodo errado. Mas hoje todo mundo sabe o certo. Um dourado por pessoa  acima de 70cm e um surubi de mais de 80cm.

Não queiramos pescar no Paraná.
Quem sabe irmos ao Toro. Tá muito baixo.
E o Corrientes. Não tá dando para subir.
Nos riachos do El Aguaraz. Muita palometa.

Então fomos pro Paranazão. Temos que confiar no guia.

Pela manhã até tivemos algumas ações, quatro ou cinco. O que é razoavel para o tipo de pesca que estavamos fazendo. Estavamos de rodada, de camalote no Parazão. O O Guia pindurou uma especie de peso para retardar a nossa decida do rio e ai seguimos  a correnteza com as linhas na água coma esperança que cobrindo grande aréa alguma isca encontre algum peixe
Por vezes, aonde era possível, Macchi poitava a lancha para tentarmos com mais tempo um lugar mais promissor.

Mas estavamos com a mão ruim. O que não é incomum no primeiro dia. Para mim então  que fazia alguns anos que não pescava era pior. Havia perdido já uma ferrada quando passamos  perto de um  poço bem profundo...
O pessoal a gente ia pescando e o Araujo reclamando....
" Camalote é uma bosta que não sente o peixe beliscar e que pega muita tranqueirae eu não gosto magrão..."

Eu sentia a minha linha muito pesada. Não conseguia recolher. Podia ser enrosco e esperei. Pois não estava em um modo muito ativo. Estava esperando a hora de ir embora do pesqueiro para retirar. Não queria atrapalhar a pescaria dos outros.

"Vamos cambiar de sitio", disse o Macchi
"OK, mas  acho que a minha linha está engatada". Respondi.
O Macchi pegou o caniço deu uma mexida, e ficou agitado. Era "pesca'o", "seguro que si"...

Ergueu a poita e fomos mais para perto do peixe por que era muita distância para lidar com o peixe. Consegui dar uma recolhida. Poderia ser um raia, pela indolência, razão que não gosto muito de pescá-las.
Mais uma ação de vara e vem a superfície um rebojo. Por certo que era peixe. Por certo que não era raia. Provavelmente  um pintado e grande.

O desgraçado disparou por baixo do barco e tivemos o momento tenso de passar a linha pro trás do motor que a hélice pode cortar a linha. Superado isto o peixe começou a tomar linha. Mas não de forma uniforme. O que me preocupava. O freio não estava funcionado bem, aparentemente. Verifiquei a linha e o freio (um erro com um peixe daquele tamanho) . Tudo certo uma corrida, o peixe puxou a linha de forma seca e arrebentou.

A decepção é gigante. Especialmente porque recai em falha humana e o que realmente interessa, minha.

Macchi contou pelo rádio  a saga do monstro que escapou.

O Guillermo respondeu dizendo que tinha um sujeito no barco dele que mandou dizer que era toco...

(continua)

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