Cachoeirão dos Rodrigues ameaçado por represa !
PAC tem projeto que afronta a natureza em São José dos Ausentes ! Veja o post ! Se informe !

domingo, 29 de junho de 2008

Brasileiro em mesa final na Série Mundial de Poquer

Grande noticia para a comunidade poquerzísca brasileira.
O brasileiro Alexandre Gomes se classificou para a final do evento 48 da World Series of Poker.
Trata-se de um torneio de Texas holdem com dois mil dolares de inscrição.
Na época a série mundial, Vegas ferve com jogadores do mundo inteiro e esta etapa especificamente atraiu  2317 competidores.


Chequei preguiçosamente as atualizações no site oficial e não achei muitas informações sobre as movimentações de Gomes. Li   que ele tinha começado o dia  "meio mais ou menos" em número de fichas e um dos destaques foi uma mão mutcho loca em que o brasileiro foi all-in preflop ( apostou tudo que tinha antes de abrirem as cartas comunitárias, ahh deixa para lá)


Dois outros jogadores entrarão na jogada botando tudo o que tinham. Em geral, isto não é um bom sinal!


Gomes tinha ás e dama e de fato  estava atrás ja que um dos jogadores tinha par de dez na chave e o outro de valete.
Virou de cara um "fúla" com um ás e duas damas no flop.


Dái o cara ficou grandão e deve ter encaminhado bem até a mesa final que será jogada hoje, valendo prêmios bem coxudos. Ele entra o dia estando empatado com terceiro maior número de pontos e a uma pedrada de distância do primeiro e do segundo colocado


Não sei mais detalhes mas daqui pouco começarão a vir as noticias dos EUA. É só "guglar".


Gomes repete o feito do Leandro Brasa no anos passado.


Chegar na mesa final não é nada,nada mole. Feito maiúsculo para o esporte nacional.
Parabens Alexandre e aos outros brasileiros ques estão a "carteira no lugar da boca" e  se dando bem nos torneios em Las Vegas. Tomara que amanhã tenhamos mais e melhores noticias sobre o assunto.



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sexta-feira, 27 de junho de 2008

Não descartem o incêndio criminoso.....

Argentina: fogo destrói fazenda de dono da CNN
Avanza un incendio en la propiedad de Ted Turner
Ráfagas de 100 kilómetros por hora complican el incendio en la estancia de Ted Turner


E neste caso especificamente a sede da Estancia Primavera.



O maginifico Salmão encerrado do rio Traful.
Patrimônio da humanidade.
Pego por um cliente da Estância Arroio Verde.(link)


Ted Turner: bilionário, fly-fisherman, conservacionsta e apesar de todo este brilhante  resumé ele não é exatamente idolatrado na Patagônia.


Tempos atrás, na epoca em era só o trilionário casado com a  Jane Fonda que como qualquer outro gringo ia, com o outrora poderoso dolár,  aos mais caros lodges da patagônia e foi parte da horda que inflacionou o preço deste lugares.
Melhor para lugares como San Huberto e Puerto Lussich.
Até aí tudo bem.
Economia de mercado, baby !


O "povo" já aprendeu com o tempo que dá para fazer Patagônia "on a budget", pescando águas públicas e parando em hosterias baratas nas cidades, como as portentosas San Martin e Junin. E simplemesnte se baba de felicidade quando vê o pessoal das hosterias caras guiando os gringos em águas públicas e tendo que dividir os pools com eles.


Então um belo dia o ex-cunhado do Peter vendeu a Turner para Time/Warner e ficou "filthy rich",  como dizem alguns americanos. E ele resolveu comprar alguns terreninhos na Argentina, à guisa de proteção ambiental.
Teve uma época que os gringos avançaram por aquelas bandas. Me lembro de cara de  Sylvester Stallone e George Soros, que deve ter sido o cara que teve a idéia que se tratava  de  excelente negócio.  E com  certeza foi considerando a valorização imobiliária descrita pelo Alejandro em San Martin  e o bom número de emprendimentos que se vê desenvolvendo "en la orilla de la ruta".  


Então Mr. Turner resolveu comprar uma outra sesmaria por lá. Ele tem propiedades que  também são lodges exclusivos para gente de deep pockets. Tem a Estancia San Jose na Terra do Fogo. Uma nas margens do Collon Cura e em especial a Estancia Privavera.


Aqui começam os  problemas...
Mr. Turner cortou o acesso aos rios públicos que cortam suas terras privadas. Impossibilitando, por exemplo, algumas flotadas no Collon Cura  e o mais grave de tudo o acesso ao rio Traful.


O Traful é um dos rios truteiros mais incriveis do mundo e suas águas transparentes  reside uma das mais saudáveis populações de Salmão Encerrado. O landlocked salmon é o melhor peixe esportivo da patagônia e o mais raro e elusivo. Conheço gente que pesca a muiiiitos anos na patagônia e só viu em foto.
E  o testemunho das pessoas que engataram um é o seguinte, "um salmão de um kilo parce uma arco-iris de três."
Deveria se chamar científicamente Salmo Esteroidis.


O Traful corria em sua maioria em  terras da famila  Lariviere, a certa altura foi divida entre dois irmãos. De um lado ficava a Estância Primavera, espécie de Jerusálem da pesca com truta argentina e do outro Estancia Arroio Verde.


Mr. Turner chegou com  muita grana e queria comprar tudo. Só levou a Estância Primavera. O pessoal da Arroio Verde permaneceu irredutivel como aquela  mitíca aldeia gaulesa. Podendo se manter eles própios como um excelente resort uma vez que  também tem acesso ao maravilhoso rio.  A verdade que o isolamento a Estância Primavera valorizou muito o outro lado do rio.


As fofocas, e sendo fofocas não sei qual é veracidade, contam  que Mr. Turner ficou lívido e passou a instalar alimentadores automáticos no rio para tirar o apetite das trutas e mixar a pescaria dos clientes  da Arroio Verde que insistem em pescar no rio "dele". Táticas de guerra para conquistar o Arroio Verde.


Aqui tem uma excelente matéria em inglês que saiu na Cigar Aficionado do primeiro bimestre de  1999 sobre a tentativa de "hostile takeover" do Arroyo Verde.


Fofocas aparte, Ted Turner já não é tão popular na Região dos Sete Lagos com pode se constatar nos links abaixo.


Comunidad del Limay ( blog)

Por el libre acceso y navegación del Río Collon Cura
Que Ted Tuner no nos impida disfrutar de nuestros recursos naturales


Presionan a magnate de EEUU por sus terrenos en el sur ( El Diario de Cuyo, grande noticia!)

LA ESTANCIA LA PRIMAVERA, A 80 KILOMETROS DE BARILOCHE
Quieren que Ted Turner permita pescar en un río
( El Clárin)


Minha opinião é que se ele é tão bonzinho assim e quer só preservar a natureza deveria investir os seus inúmeros recursos tentando se livrar de espécies exóticas como javali e o cervo colorado. Os pinus europeus plantados  a  sob o manto do reflorestamento (este é um problema mais nosso do que deles mas eu desprezo o "deserto verde" e resolvi dar um mata-cobra off-topic) e obviamente os salmonídeos.
Mas se o gajo está usando sua grana para transformar extensa parte da patagônia em um negócio elitizado ou para o seu própio gozo ele não passa de um de uma versão requentada, verde  e com  0% de emissões dos "imperialsitas americanos" do século passado. Cujas as boas intenções ecológicas só amenizam a imagem que temos de seu egoísmo. Que é o mesmo de seus antecessores, já que ele nãoo faz para perservar para humanidade, para todos. Preserva para poucos.
Sem dúvida é melhor que não preservar. Mas perto das propiedades dele no Parque Nacional Nahuel Huapi que são perfeitamente bem preservadas em que todos podem desfrutar.


Voltando aos incêncios, naquele região  são naturais dado ao clima muito seco e só se encaixam  no lado do criminoso devido ao descuido de pseudo-anencéfalos com fosfóros, pontas de cigarros e fogueiras. E em último caso, obra de psicopatas.
Um raio pode começar o fogo  naqueles bosques secos e ventosos e fica dureza de segurar.
A natureza torra e se renova desde  "o sempre" e a decisão de construir patrimônio inflamável fica  por conta da ingenuidade dos seres humanos que acham que podem desfrutar de tudo sem que hajam riscos ou consequências.


Mr. Turner que provavelmente tem seguro e certamente tem grana para recuperar qualquer dano material que lhe occorra, o que não é uma verdade para todas pessoas que possuem propiedades na região, há de lamentar o incidente mas certamente vai tocando a vida. 


É lamentável, no entanto, que um lugar que guarda  tanta  história possa ter se perdido. Devemos torcer pela preservação destes patrimônios independentemente de quem os possue.
Já o Traful é público e eu adoria poder tido acesso para de pescar nas boas partes dele.
Passar  tão perto  e tão longe é extremamente frustrante.
Já deu  para notar  que o não  guardo simpatias pelo dono da CNN, apesar dele ter montado aquele time genial do Atlanta Braves com Maddux-Glavine-Smoltz na rotação.
Por isso, minha opinião é obviamente parcial. E a maioria das minhas opiniões e teorias delirantes são basicamente inúteis mas  talvez "esta" não seja.


(Ahhh... Provavelmente não !)


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quarta-feira, 25 de junho de 2008

Ainda sobre varas de bambu.

Fiquei muito impressionado durante a GPP com os caniços de bambu do habilidoso Beto Saldanha e os do filosófico Grégório.
Além da qualidade como ferramenta de pesca são muito bem acabadas.
O Beto me disse que está vendendo muito bem. Que é de algum modo surpreendente devido a natureza heterodoxa do produto.



Mr Saldanha. Pegou uma "marrão" com esta delicada ferramenta feita por ele em bambu.
Não exatamente usando moscas que imitavam "midges"


Mas fazendo um raciocíno econômico rápido :
Atualmente pode-se adquirir nos Estados Unidos por menos de 150 dólares uma vara mais ou menos  muito boa e o dolar está amigavel.
A palavras chave, no entanto, sabem os meus amigos pescadores é Estados Unidos. Como dizia o Cholota Guaspari : "A camisa é barata, cara é a passagem !"
Com impostos, atravessadores e tudo mais fazem que os  tais $150 mais do que dobram de preço.


Agregado a qualidade das varas de Bambu produzidas por qualquer um dos "velhos rabujentos" está o preço em reais. Se comparado com qualquer vara artesanal equivalente produzida em dólar são relativamente baratas.
De modo que dar até para entender porque vendem bem as varas do Beto, são bom negócio.


Em especial no Rio de Janeiro, lar do Beto, está surgindo uma turma que só pesca de bambu. O que a quando eu comecei  a pescar com mosca era impensável.


Se o Beto, testando sua grande variedade de modelos e o Lê, pescando basicamente só com um  modelo ou outro que ele desenvolveu para as suas preferências só pescam com varas de bambu é perfeitamente lógico.
O Caco quando está fazendo as varinhas dele também era assim.
Experiementar o fruto de seu trabalho, perfeitamente  normal..


Mas nos dias de hoje, gente que só pesca com várias de bambú. Esquisito,  mas em catelhano "exquisito" é uma boa coisa.


Não é nem   questão de comparar  grafite, fibra de vidro e bambu. Para cada situação é possivel dizer que tal ferramenta é a ideal. Em geral é aquela que não temos no momento. Senão vejamos :


"-Como foi o dia ?"
(cenário 1)
"- Bom... Mas se eu tivesse com uma vara de bambu para proteger o tippet 6x porque os peixes só estão pegando em midges..."


Lógica atrás da desculpa esfarrapada :  Varas de bambu amortecem melhor a tensão aplicada pelo peixe e evita que linhas muito finas arrebentem .
A verdade : explodi a linha porque sou troglodita afobado.


Ou :
(cenário 2)
"-Bom. Mas a minha vara é muito lenta e eu perdi muitas ferradas. Pode ter sido os anzóis... Se tivesse com uma vara rápida de grafite tinha matado a pau !"


Lógica por trás da desculpa : Varas de grafite or serem mais  rápidas reagem melhor na hora de cravar os anzóis.
A verdade : sou uma besta e fico distraído durante a pescaria e deixo a linha  muita frouxa ou demorei muito para dar a ferrada.


Pode-se pescar com qualquer uma delas. O importante, sabemos, é pescar.


Mas e o bambu ? Fazendo minhas imortais palavras de Senor Abravanel.


Se era  é tão bom porque inventaram .as outras.


Mesmo considerando que existiam fábrica de varas com linha de montagem e máquinas que aceleravam o corte  do bambú e que o processo de produção de varas de fibra de vidro e depois de grafite  necessitam um toque "artezanal", nos arremates.
As última eram melhor industrializaveis, o bambu necessiat de pelo menos oitos anos pra fcair no ponto de corte e depois tem que ser secado por um longo tempo. Logo passaram a ser produzidas em maior escala e com menor preço. E arte de se fazer varas de bambú se tornou rara e dispersa e  junto com a valorização  dos "handcrafts" de alta qualidade, o preço das varas de bambu disparou.
E as raridades feitas por "builders" famosos viraram peças de coleção e até arte. Caríssimas.



O Caco e os apetrechos na época que estava fazendo varas de bambú.
Bela do foto do Ruy Varella para matéria que ele  para Troféu Pesca de  Maio de 99.
Uau, o tempo passa depressa.


Além de mais baratas  as varas de grafite eram mais leves, longas e mais rápidas. Gerando ferramentas  que parecem te fazer um melhor pescador, pois tu atira mais longe.
O que é não totalmente verdade pois o equilibrio do conjunto vara-linha e a habilidade do pescador contam  mais no resultado final. Em especial o último item.
E o arremesso é só parte do pescar.
Não é só distância mas precisa apresentar a mosca com precisão e tem que ferrar o anzol direito e jogar com peixe sem arrebentar a linha.
As arremessar longe é em geral sinal que o pescador tem pelo  menos o potencial para usar bem o caniço e pegar peixe. Mas arremessos longos  podem facilmente seduzir o pescador ao  pecado da soberba. No entanto, ás vezes o peixe está só aonde o  arremesso mais longo pode alcançar e até onde excelentes pescadores não podem pescar.
Com sorte o tal peixe será pego por alguém merecedor.
O  grafite apareceu então para dar trazer a  ilusão que poderámos ser melhores pescadores através da mágica da tecnologia  superior.


Isto me lembra uma pasagem de A River Runs Trough It, aonde o autor relata quw seu pai ensinava a pesca com mosca e se fosse por ele  "ninguém que não soubesse pescar teria  permissão de desgraçar um peixe  por pegá-lo."


Junto a isto, eu somo uma das minhas várias teorias maluca. Que a crença da cultura ocidental, depois da segunda guerra mundial e com o desenvolvimento da  tecnologia da "era espacial"  que  "enfim vai nos redemir".  Produzindo sempre soluções melhores e tornando obsoletas as anteriores.
Mas hoje percebemos  a ingenuidade e a arrogância desta visão. Arrogante por não ter levado em consideração o impacto negativo que podera ter, ficando genericamente com o exemplo da degradação ambiental e ingenua, se  não vislumbrarmos a possibilidade de que se pode usar soluções "ultrapassadas" com maior satisfação.


Mas certamente o que levou a decadência do bambu e ascensão da fibra de vidro e depois do grafite a sua atual popularidade foi o preço. No inicio as varas de grafite não eram lá muito baratas mas eram o "futuro agora". Leves e rápidas. E com o tempo até o preço ficou competitivo.


Como o vil metal é a rês de ouro da  religião que se sobressai todas as outras: O  capitalismo tecnológico.
(Adicionei o "tecnológico" devido a argumentação anterior, mas a frase em si  é uma  bobagem. Mas ficou imponente e resolvi não apagar. Devo ressaltar que estou sóbrio. Não tenho desculpas para tanta asneiras.)


Pescar com varas de bambu seria então uma heresia.


Ó-Quei.. Abandonemos o pantonoso campo das analogias religiosas e voltemos pro   realismo científico.
Fiquemos no seguro âmbito da psicologia. E evitemos a qualquer custo fróidianismos que  refiram  analogias à manipulações de varas.


O cara para gastar uma baba mais para comprar um negócio feito de um glorioso talo de capim  ao invés de equipamento.feito com o material do qual são feitos os boeings, tem que ser meio louco.


Mais louco ainda são as pessoas que se metem a fazer as varas...


Eu me lembro que quando o Caco resolveu fazer varas de bambu,  eu consegui dois  livros
Um era   técnico , The Lovely Reed de Jack Howell e outros crônicas do Gierach, Fishing Bamboo, na esperança de angariar as informações que o Caco necessitava para a empreitada.
O livro do Howell é muito bem escrito, não é completo como o livro do Garrrison-Carmichael, mas é escrito de um modo encorajador  que  faz  o processo  parecer simples. Sem reimpressões, o preço do livro disparou. Deve ser um dos três bens mais valiosos que possuo. Em mais dois anos estará valendo mais que o meu carro.
O livro do Gierach, na época que eu comprei. Foi meio decepcionante. Eram crônicas muito bem escritas e cheias das idéias deliciosas  do autor. Nenhuma tão boa como a do caniço mal assombardo de "Trout Bum". O problema era que  não continha nada que ajudasse a fazer varas de bambú. Só a constatação que as pessoas envolvidas naquele universo eram doidas.


O Caco botou o livro do Howell embaixo do braço e foi para a garagem. Conseguiu  todo o material : taquaras ( as primeiras foram de uma fábrica de movéis), plainas e principalmente o gabarito. Este consiste de duas barras de ferro presas por onde passa uma vala  regulável para se moldar as partes do bambu enquanto ele é cortado. Uma raspa milimétricamente fina atrás da outra até se conseguir seis varas de perfil decrescente. Complicado... Bom, no fim elas são coladas e formar um vara hexagonal cônica. Coisa de louco !
Estávamos numa festa de formatura quando ele puxou do bolso do paletó o primeiro pedaço de bambu hexagonal, Prova que  a tecnologia estava dominada. Tragam a champanhe !
Um brinde por conta do pai  da formanda, senhores !


O Caco pelo menos teve o mínimo de  bom senso de achar um torneiro mecânico que fizesse o gabarito.


Quando o Beto resolveu faer vars de bambu, não sei porque ela achou que o melhor caminho era o mais longo. Então ele pegou um micrômetro, uma lima e  depois de...  an educated guess  (= chute)... umas dez  latas  de Dunhill. Depois ele pegou um furadeira para poder botar os parafusos que permitem o ajuste da trapizonga. E um mês ou outro depois, voilá !


Me lembro de Mr. Saldanha  contando quando um rapas de São Paulo, Jorge Yamaguti, entra em conato com ele querendo aprender como fazer varas. Aí o Beto deu uma de sr. Miyagi  e disse :
" Arranja um perfil de aço e uma lima...."
Comentário  do mestre zen.
"-Se ele tiver paciência para fazer o plaining form (o molde) talvez tenha what it takes para fazer varas de bambú ?"


Aparentemente  o menino  fez algumas varas e não seguiu  adiante, talvez tenha recobrado a sanidade mental. Mas é duvidoso já que  no sítio dele  que estão crescendo os tonkins....


Não falei dos tonkins ?


A cana de tonkin é uma variedade de bambu (arundinaria amabilis )  que é mais indicada para se montar varas de pesca. Outras variedades são viáveis, inclusive o "madake", variedade japonesa popular entre os pescadores nipônicos. Também  plantado no sitio do Yamaguti  é usado com resultados excepcionais pelo Beto e o Gregório.
A razão que eles usam primariamente  madake é que não existe tonkin no nosso país. Este é plantado e colhido  em  escala comercial e exportado pelos chineses. Mas não para o Brasil.  E até uma alma iluminada resolva este problema teremos que ouvir histórias do Beto, que importou direto do Demarest ( importador americano), não me lembro quem foi o sócio dele nesta empreitada. O bambú chegou a um preço comparável a de uma vara pronta. Inviável.


Ou quando o Scotti trouxe umas varas de tonkin do Canadá em um porta esquis. Vieram de avião, na bagagem.


Por falar em aviões, depois de muitos anos procurando nos cantos do Brasil. Mr Saldanha  descobriu uma botanista especializada em bambus que possuia em seu herbário esta variedade. Que  não sabia bem  qual era a utilidade mas que era de valor histórico, produto muito exportado antes da segunda guerra mundial. Arundianaria amabilis. Acharam o  santo graal.
E o que que tem o avião a ver com a história.
Bom, da última vez que estive no Rio de Janeiro o Beto me deu um belo presente. Duas mudas de tonkin. ada uma de um metro de altura, enrolads em jornasi que eu trouxe alegre e discretamente  na cabine do avião, junto as minha pernas. O  Caco plantou em Gravataí e daqui uns poucos oito anos estaremos fazendo varas de pesca.


Obviamente eu não estou descrevendo o comportamento de pessoas de plena posse  de suas faculdades mentais.


E talvez a teoria do Analisa de Bagé que "locura não tem micróbio" esteja errada. Pois mais pessoas  resolveram fazer varas de bambu.  O Gilson Monroy em São Paulo. O Lauro Rosset aqui no RS, que segundo o Alejandro Klap me contou lá em San Martin, de primeira já  saiu com varas bem boas.


E como eu já disse, o Gregório. Que só pesca  de bambú. Para quem não pesca com mosca e não conhece o Chimehuin pode não parecer nada fora de bitola. Mas pescar de vara 3 e midge na Boca. Doideira.
Nos últimos dias da pescaria na Argentina, ele declarou. que quando chegasse  em São Paulo ia começar a limar um gabarito novo. Caso perdido.


Nesta loucura, se amenizarmos os  episódios mais agudos de obsessão, compulsão e psicoses genéricas que acometem os pescadores em geral, poderemos, com certa tolerância, concluir  que  esta loucura  é expressão exacerbada  da paixão pela pesca.


E analisando as varas de bambu  dependendo de seu preço (tudo tem limite) e de qualidade ( não pe porque é de bambú que o negócio é uma obra de arte, Gierach fala bem disso em Fishing Bamboo),  vimos que  o preço pode ser razoável. Então não é um absurdo injustificável. Trata-se de uma psicose light. ( Talves tratar seja o verbo certo, mas mais a cerca da idéia de tratamento).


O Beto me mandou um video sobre a historia da Hardy, famosa marca inglesa  de material de  pesca. Tem no final cenas de um rodbuilder montado uma vara de bambu. O depoimento dele e as cenas deixam claro algo. Existe   esta paixão. O sentimento tranparesse nas imagens daquele sujeito fazendo  as varas. E os pescadores entendem esta paixão e a adotam ao pescar com varas de bambu.



Esta arco irís foi uma experiência muito maior que o seu tamanho pode indicar graças em parte a varinha de bambu que o Beto me emprestou.


Uma história final. Fomos ao Malleo e o Beto me ofereceu uma de suas criações para pescar. Vara excelente. Pegue de cara uma truta boa. E que briga. A tal história de proteger a linha é verdade. E a sensibilidade que o caniço dá. Só aquela truta vale um post. Em breve. O jeito que se sente a pegada do peixe com uma boa vara de bambu..
Incrivel. Apaixonante. Talvez uma loucura.


É otimo pescar com bambu.  e ainda por cima é  um recurso renovável !


E agora tem este bando de malucos que ou  fazem e/ou pescam com varas de bambu que são magnificas e compartilham esta paixão.
Somos privilegiados.


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Le Pied Sale...

Louis Phillippe estreia como correspondente do serviço cultural online "Tire as Mão do Meú Pé Sujo !"


Trata-se de um quase-ONG que defende a preservação  da brasileríssima cultura de butiquim.


Imperdível....


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quinta-feira, 19 de junho de 2008

Soledad de Piazzolla

Tava fuçando o youtube e aí apareceu esta...
Soledad - Astor Piazzolla e Antonio Agri.
Tem  lirismo e uma certa melancolia. Solidão , enfim. Mas as  palavras são incomodas.
Me fez relembrar do grande gênio de Piazzolla, que tive o privilégio de ver no Teatro da Ospa e de meu pai que me apresentou sua música.





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Royal Ascot

Sua majestadade, a rainha  Elizabeth II, passa pela frente  do pavilhão em uma carruagem. Cena anual que sempre por um razão outra aparece em jornais e telejornais, para encher linguiça provavelmente.
Frente ao público do Hipódromo de Ascot que a aplaude e a reverência
Puxando o desfile da Royal Procession na primeira de todas que leva a rainha é escoltada por guardas montados em cavalos brancos. Assim como são tordilhos os "ponies" que puxam o primeiro carro. Nas demais carruagens somente cavalos castanhos.
Conforme passa a pelo público sempre uma pequena comoção.
Um dos locutores fala de sua preocupação de caso ele se aproximar de onde ele está ele ter que lidar com suas tralhas e tirar seu chápeu em reverência. Ele aliviado diz que não precisou.
Chápeu, não cartola. Todos os "gentlemen"  devem estar de cartola e casaca. E as "miladies"  em vestidos longos  e chápeus.


A grande comoção explicam  é  a cor do chapéu da "sua majesatade".   Rola muita grana nas apostas sobre qual cor será o chapéu da rainha. Ontem foi roxo e hoje foi um azul calcinha.
Em mais exemplo que só os britânicos podem dar de sua infusão cultural: a nobreza com o   mundano.
Decadence avec elangance.


Os bookmakers fazem bons negócios no "ladies day" aproveitando a degeneração  dos fieis súditos.


Trata-se do terceiro dia do meeting de Royal Ascot. Os cinco dias mais famosos de corrida de cavalos do mundo.



O fabuloso novo pavilhão de Ascot


O hipódromo de Ascot que faz parte Crown Estate, "os patrimonio" de H.R.H.  Foi fundado em milesetecentosionze  pela Quenn Anne e  depois da sua renovação em 2006, merece ser reconhecido como uma das jóias da coroa.
O este  meeting em especial que  aparece  fazer parte dos costumes pagãos de comemorar o solstício de verão, foi criado também em 1711 pela rainha Ana e faz parte do calendário social real ( razão pela qual a a rainha parece por lá e a galera aposta na cor do chapéu ).
E provavelmente o idiossincrático periodo de terça a sábado em que é realizado de uma tradição dos tempos em que dias da semana ainda não eram  moldados aos expedientes de trabalho e seguem assim porque ainda hoje a nobreza segue sem precisar trabalhar.


Os plebeus vão lá para ter o privilégio de uma olhada da nobreza e para "afundar a crista".


Mais importante que a  tradição e que o mercado de apostas que é borbulhante é  a qualidade das corridas.


Dezessete provas de grupo. Sete de grupo 1. Com provas  na massiva reta de Ascot ( de um milha de comprimento) e pelo anel de ascot se disputam clássicos entre os mil e quatro mil metros.


No Royal Ascot ganharam St. Simon.  Elpenor e Macip, que foram reprodutores  no RS. Boticellii, da Dormello Olgiata. Sagaro e Yeats. Vencedores da maratona da Gold Cup, prova máxima do meeting. Com direito a  troféu entregues pela rainha e nome inscritos eternamente nas paredes de Ascot.


Os dois metros do Prince of  Wales Stakes tiveram só em anos recentes Dubai Millenium, Fantastic Light, Ouija Board e Manduro.


A milha em cancha reta do King James Stand para potros  de três anos sempre atrai os craques dos Dois Mil Guinéus e da Poule de Poulains já foi vencida por : Kingmambo, Giant's Causeway,  Rock of Gibraltar, Azamour e Shamardal.


E também venceram provas de grupo 1 em no meeting da Coroa : Danehll, Tetratema, Takeover Target ( que correu terça e correrá de novo sábado).


Nobreza tanto nas tribunas  quanto  na raia.


Este ano fomos presenteado pelo site attheraces.com que está transmitindo ao vivo todo meeting. Minhas manhãs e inicios de tarde estão enlouquecedores. Ainda tem dois dias. Vejam.


E tudo isto ainda nem falei das carreiras que já aconteceram. Fica para depois.


Mas de aperitivo deixo o photochart aonde a fabulosa Darjina perdeu por cabeça para Haradasun  no Quenn Anne Stakes. Na abertura do meeting. Primeiro páreo da semana em plena  terça feira e a nave do TTKOS já fazia água.


Por sorte Le Sorcier estava em transito e não pode  ir no bar da esquina trocar o voucher dele no ATM da PMU ( guichê automático de apostas do pool de apostas  Francês).




Quase Darjina.


Loucura, loucura...


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segunda-feira, 16 de junho de 2008

Centenário de Moysés Westphalen

Completa hoje cem anos Moysés Westphalen.
Como é um número redondo, cabe a nota.



Dr. Moyses ao centro.
A esq. A franja evanescente que não existe mais.
A dir. Era verão os cerros ainda não estavam nevados.


Ainda que tenha já falecido alguns anos, até por ter sido importante figura da Igreja Positivista do nosso estado, aquela corrente filosófica aonde os vivos são sempre e cada vez mais influenciados pelos mortos.

Meu  avô segue sendo  uma figura influente na minha vida e de muito outros, de nossa familia e de outras.
Sendo eu totalmente não qualificado em representar os que sobreviveram e ainda mais porque por mais  que eu me esforçasse. Eu  não seria justo com a biografia rica dele: como agrônomo, professor e pensador.

Mas posso falar com um pouco mais de autoridade de suas atividades com avô.


De todas as coisas que faziam dele um homem admirável talvez o que mais tenha me marcado foi o amor, aquele que deveríamos ter por princípio, e dedicação a minha avó Cleci durante longo período em que pereceu das sequelas de um derrame até o seu falecimento.


A caracteristica mais impressionante  de sua personalidade era sua paciência, que atávicamente herdei, em parte, e espero desenvolver melhor através dos anos.
A parte que herdei é paciência para me ater em atividades  manuais e a pesca. A sua incomparavel paciência para com outros seres humanos, eu não herdei. Nem quero...

Para desgosto de minha mãe, sua maior influência em minha vida foi  como i um dos maiores incentivadores da pesca na minha vida. Não sei se ele entendia completamente fly fishing, mas tenho quase certeza que ele viu "o filme".


Como muitos descendetes de alemães do inicio do século passado, ele foi um"outdoorsman": um pescador e caçador. Com especial paixão pelos  marrecão. Wingshooting que era praticada no inverno e zonas de banhado no sul do Brasil. Um testemunho de sua resignação, perseverança e talvez um pequeno toque de masoquismo.

Mas quando se tem onze filhos correndo em casa, o quão desagradável pode ser passar a noite em claro, às vezes sob chuva, em temperautas abaixo de dez celsius  ?

Quando eu era guri e estavamos na fazenda,  eu queria ir pescar todos os dias...Meu gentil e carinhoso avô era o único com paciência incodicional. E as vezes eram muitos netos...

O amor pela pesca vem daqueles dias.

Também faz aniversário hoje, pelas coinidências que são probalisticamente viáveis em familias  grandes,  a minha irmã  Ângela.
Miss you honey....

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sexta-feira, 13 de junho de 2008

Curlin versus Einstein e Big Brown

Se nao estivessem passando os dias vendo o sol nascer quadrado as pessoas de maior sangue doce dos Estados Unidos seriam os titulares do Midnight Cry Stables. Propietários de Einstein e, hoje, sócio minoritários de Curlin.
Sabado os dois craques se enfretam no Stephen Forser Handicap, prova de grupo I, com premiação added de $1 milhão de dólares.


Devido as regras das carreiras  em Kentucky, os animais não vão correr em uma parelha. O qu neste caso não parece ser problema pois não são treinados pela mesma pessoas e também nãos as mesmas pessoasque tomam decisões sobre os cavalos. Mas as regras se mostram frageis que pessoas criativas podem facilmente se aproveitar para fazer uma sacanagem. Por outro lado sito benficia quem simpatizar pelocavalobrasileiro que terá bom preço na pedra.



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Curlin vencendo no Dubai.


O drama é acentuado com o fato que Helen Pitts a treinadora de Einstein, treinou Curlin até que ele teve sua parte comprada para correr a triplice coroa e foi entregue para Steven Asmunssen.


Einstein, o cavalo brasileiro filho deSpenda a Buck, é um velho conhecido do TTKOS, deveria ter corrido semana passada na grama de Belmont. Aonde seria forte favorito mas não pode ser inscrito devido a problemas de licença de seus propietários picaretas, então aprovieta o embalo para tentar outra vez a "esfera classíca" na areia.
Curlin, não preciso lembrar é o melhor cavalo do mundo na areia.


Eles se encontram nete sábado em Churchill Downs no Stephen Foster Handicap. Um páreo que conta ainda com os nosso amigos Grasshopper e Brass Hat.


Curlin vem de parado desde o Dubai, mas ele ja mostrou que pode voltar bem de parado com já fez nos Emirados. O bixo estra treinando bem e parece afastar a possibilidade de entrar em campo fora de forma como foi no Haskell ano passado. Para desgosto de seu treinador Steve Asmussen vai ir carregando 128 libras, dando 10 libras de vantagem para o segundo bixo com maior penalty, Einstein.


Eisntein é um animal laureado na grama, que assim como sua treinadora, acredito que pode fazer bonito na areia. Mas ele fosta de correr no grupo de frente, o que na grama é um pouco menos comum que na areia e infelizmente para ele e Grasshopper que gostariam de um trem de carreira amigavel vão ter que enfrentar pressão no ínicio da corrida.Uma vez que  Barcola e Jonesboro estão na carreira é certo que o grupo da frente vai ter que lidar com parciais rápidas
Melhor para Curlin. Que deve ganhar.
Tomara que Einstein confirme e  faça bonito, e beslicando o segundo.
A previsão é chuva e se tiver raia pesada,  a carreira fica muito interessante para Grasshopper ( para segundo). E os atropeladores High Blues  e Rock Creek vão muito leves e podem engordar os exotics.


Não me lembro qual é a lógica dos penalty e os pesos. Nos handicaps na Inglaterra (grama),se não me engano, cada duas libras siginificam um corpo de vantagem. De modo que os handicappers de Churchill Downs estão dando cinco corpos de luz para Einstein, que alías tem seu handicap  baseado em atuaçãoes na grama.
Parece muita vantagem, mas não é.


Big Brown.


Para quem não sabe Big Brown era o potro que tentou semna passada ganhar a triplice coroa do turfe americano. Nas palavras de seu treinador Ricahr Dutrow, eram favas contadas.  E deu tudo errado.


Big Brown estava em má forma,  largou mal , foi mal montado e acabou sendo contido pelo seu jóquei e acabou cruzando o disco, contrariado, em último.



Resultado que beirou o vexame, devido em parte a antipatia que seu treinador angariou com sua arrogância.
Parte do fracasso foi atribuído ao fato que o imprevisto de ter tido um casco rachado impediu o regime de treino normal e o cavalo acabou indo para raia com muito pouco treino e em má forma. Esperava-se, no entanto, que a superioridade de Big Brown discontasse o imprevisto e ele ganahsse assim mesmo. Arrogância.


TEndo que largar na  raia 1, posição desgradavel pois se não largasse rápido corria o risco  de ficar encaixotado. Foi exatamente o que ocorreu. Cotrariando o bicho, o seu jóquei Kent  Desormeaux, teve que segurar e depois deu um chambão em Tale of Ekati  e evita ficar encaixotado na reta junto a Anak Nakal e atrás do ponteiro Da'Tara. Forçando posição o joquei, conseguiu a  posiçao que  queria, da onde deveria executar os adversários sem perdão... Nada.
É  provavel que esta altercações contribuiram para o fracasso  do potro que quando exigido mostrou que não tinha nada a oferecer. O joquei ao ver Big Brown ser ulrapassado levantou e desistiu da corrida. O que assustou a todos pois poderia indicar que o craque estaria machucado.Chegou ao fim da reta em completo desacordo com o joquei.




Imediatemente examinado, nada foi diagnosticado.


Todos os problemas que teve. Mais o grande calor e a raia que estava muito fofa, contribuiram para a atução medíocre do potro.


Fora o fato de evitar dar explicações para perguntas sobre o vexame, talvez por  não saber  as respostas, Dutrow talvez não tivesse  culpa além da sua própia arrogância. Porque talvez não podesse ter treinar mais forte.
Mas deveria ter tentado...E seus criticos mais duros alegam que ele errou, e apresentou um animal sem condções de correr o páreo.


Desormeuax primeiramente elogiado por preservar o potro  foi coberto de criticas : uma por ter contrariado o potro e forçado a posição ao invés de tenatr relaxar o bixo  na posição que estva junto aa cerca e esperar por melhor oportunidade paar se  posicionar  por fora. Ali certamente ele poderia ter tentado ter feito uma limonada. 
Eu fiquei pensando se tivesse nos próximos doia minutos tomar uma das decisões mais importatntes da minha vida profissional. Uma que apagasse alguma falhas do meu passado ( Desormeuax perdeu a triplice coroa com Real Quiet por diferença mínima e foi acusado de ter se apurado).
Se ocoresse um imprevisto e eu tivesse que improvisar. Seria a minha decisão, ainda que desastrada, um erro.


O potro largou mal e o plano de se posicionar na frente murchou. Ao  invés de mudar o plano totalmente, o jóqeui tentou adaptá-lo a um versão mais familiar. Correndo por fora como fizera no Derby. Talvez Big Brown não fosse maduro e e experiente o bastante  para lidar com a situação. Mas considerando tudo que já havia feito, talvez ele fosse digno do risco.


Ai está o erro... Tem que reduzir riscos ao máximo. A triplice coroa não é conquuistada a trinta anos por ser muito dificil  . Fazer as coisas mais dificeis e pedir para dar errado. Lei de Murphy somado a imprudência.
Era uma decisão dificil. Mase Desormeaux é lider entre os joqueis americanos e então é a pessoa que deve tomar estas desições. E ele se precipitou.
O mais provavel, no entanto,  é que o potro  correu tão pouco por estar mal preparado, Se estivesse em plena forma é provavel superasse até estas desavenças durante o percursi, tão superior que se mostrou nas corridas anteriores da coroa. Então apesar de ter sido um erro do joquei é um erro relegável.


A decisão de desistir da corrida com um cavalo que ele afirmou achava que estava são. E negando que tenha recebido ordens do propietário para tal caso o cavalo não tivesse chances foi terrível.
Mesmo considerando que provavelmente não existe  compensação fianceira que compense o prejuízo  que é deixar de ganhar o  potencial de faturamento associado a ganhar um triplice coroa. Ou seja, é impossivel achar que Desormeux poderia ter se beneficiado financeiramente da decisão, que é que primeiro pode se imaginar devido a natureza do negócio.
A decisão de Desormeaux, que parece piedosa ao potro (que chegou pedindo rédea, querendo correr) vai contra a integridade dos negócios. Mesmo se acreditarmos na afirmação do jóquei  que Big Brown não chegaria nem em quarto, aonde ainda afetaria o resultado das apostas, ele não poderia ter desistido. Nunca saberemos em que lugar ele poderia ter entrado pois ele não tentou no total de suas capacidades. O que lesa, mesmo não mudando  o resultado, as milhares de pessoas  que apostaram  muitos milhões de dólares na carreira.


Muitas vozes experientes do esporte americano pedem que o jóquei sofra algum tipo de punição. Afirmando com razão que na Inglaterra ele ja estaria curtindo um gancho. A comissão de corrida de Nova Iorque ainda não se manifestou e a comissão que investiga as apostas na corridas de cavalo não apontou nenhum indicio de falcatrua.


Por outro lado, o treinador Nick Zito, que não tem nada a ver com isso, comemora sua segunda vitória em um Belmont Stakes. Mais uma vez melando uma triple crown ( Birdstone bateu Smart Jones em 2004) e ainda fez trifeta com Anak Nakal com também fizera em 2004 com Royal Assault.


De minha parte termino esta encheção de linguiça elogiando o talento do jovem joquei peruano Alan Garcia, que montou o vencedor Da'Tara de forma agressiva, percebeu a opertunidade que lhe foi dada de escapar na liderança com parciais lentas e que aproveitou esta oportunidade a plano com uma tocada espetacular na reta para levar o clássico. Apesar de não ter tido que tomar decisões criticas, Garcia foi brilhante e recebe aqui o merecido apreço que não vi a imprensa americana.


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Variação do conceito de Imortalidade...

Woody Allen uma vez disse que não queria se alcançar imortalidade  por de seu trabalho, queria alcança-la  por não morrer.
Outra opção para o diretor americano seria de tornar Gremista.









Para provar mais uma vez isto, um empresário Gremista, evitou a morte aós ser crivado de balas por um assaltante, provavelmente um não-gremista.
As balas foram aparadas por uma caderneta do Grêmio  que ele carregava perto do seu coração.




Além de comprovar a grande qualidade dos produtos licenciados pelo Grêmio. Mostra quer realmente  somos protegidos pelo Imortal Tricolor.




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quinta-feira, 12 de junho de 2008

Bistrot minha paixão...

Bistrot a Chantily.



Acompanhei Le Sorcier Cardinet em uma incursão aos cavalos no domingo na belíssima Chantilly.


Enquanto ele estudava o programa do Jóquei, eu pesquisava os “bistrots e restaurants” para nos deliciarmos.
Acompanhados da família Kessler e de nossa amiga Tania Cosentino encontramos o Le Goutillon Restaurant.



Típico resto francês com o cardápio a giz em um quadro negro.
Mesas pequena , paredes com pedras a mostra e muitos enfeites.



Entre os enfeites, quadros com autógrafos de ganhadores em Chantilly.


O ambiente perfeito para uma refeição antes das carreiras.


Apesar de não termos reserva, Louis Phillipe já é um gourmet conhecido por todo Hexagone (França). Fomos acomodados no segundo andar junto a janela.



O cardápio trés français. Como entreés Foies Gras de Canard, salade de chévres, escargots, terrine de lapin , etc...


                         


Pulamos e fomos direto aos pratos. As mulheres como sempre foram mais conservadores e pediram o entrecot com fritas. Tania que estou treinando na arte de goûter as novidades francesas (recentemente provou “bulot”( Buccinum undatum ) também chamado buccin, um espécie de caramujo do Atlântico Norte), arriscou no filet au poivre.
Arthur pediu sorvete de creme e acompanhou com fritas. Sem comentários...



Eu como bom gourmet e amante da boa cozinha pedi Rognon de Veau flambé au Cognac.(Rim de terneiro).
Ao ponto.



Madames et Messieurs, divino !


Para acompanhar, um Bourgogne Marsanny Louis Latour tinto que dava o caimento perfeito ao rognon.


Uma coisa que por si só vale desviar o caminho em direção a Chantilly (une table excellente qui mérite un détour).
E  ainda podes fazer a digestão visitando o castelo ou o maravilhoso hipódromo.


Todos os pratos estavam excelentes com destaque e louvores ao rognon, é claro. Palmas para o cuisinier.



Arthur aprovou !


Quem vier a França deve se programar para assistir um clássico e degustar da bonne cuisine française.


Mas para isso precisa primeiro consultar o TKOS para se informar das corridas e dos restaurantes.


Para Chantilly:


Le Goutillon
65e, rue du Connétable
Telefone 03 44 58 01 00


Atenção para a reserva !
Nem todo mundo é conhecido como Louis Phillipe


Bon appétit


Louis Phillipe


Cuisinier et Gourmet



PS: enquanto escrevi este, degustava. Vinho? Não senhores ! Cerveja Belga,  que deve ser degustada e saboreada.
Neste caso tomei uma Burgse Zot direto da Microcervejaria Brouwerij De Halve Maan em Brugge


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quarta-feira, 11 de junho de 2008

O Primeiro Dia

John D. Voelker,  aliás Robert Traver, era  advogado, juiz de direito e escritor. Seu livro "Anatomia de um Crime" baseado em uma experiência dele como advogado de defesa em um caso de homicídio se tornou um sucesso e virou um filme de mesmo nome que virou um clássico do cinema.
O sucesso de Anatomy of a Murder fez Voelker encostar o burro na sombra. E quando cansau dos tribunais resolveu fazer o que mais gostava: pescar  e escrever sobre pesca (de algum modo me lembra o Irineu). Seu texto é divertido e com luxo dos recursos de alguém que chegou a Juiz do Supremo Tribunal do Estado de Michigan. 
Em  uma crônica clássica, ele fala sobre o primeiro dia  de pesca da temporada. O dia da abertura. Comparando este dia com o Natal,  a abertura da temporada seria  para o pescador o que o Natal é para as crianças. A expectativa e os preparativos...
Por ter vivido numa zona de clima menos amistoso no estado Michigan, a. U.P. (upper penisula). A abertura da temporda nem sempre foram dias mais adequados para pescar mas  sempre era especial. Pois depois de um longo e frio inverno era hora de pegar a tralha e ir encontrar os amigos e ir pegar trutas. Se não desse para pescar, bom, sempre tem o baralho e um trago.
Traver teve vários dias de abertura com  pouca pesca e recheados de chuva, frio, carros atolados e ressacas no dia seguinte...





Junin em 'una tarde gris" . Lugarzinho bom esse para se botar um rio !




Depois de dois anos sem empunhar uma vara de fly eu voltaria a pescar.   Eu teria uma oportunidade única de voltar a pescar simplesmente no Rio Chimehuin, a catedral da pesca com mosca da Patagônia Argentina.
Gracias Doc




Melhor que isso, só o Renato Cassol que iria  aprender a pescar no Chimehuin. Luxo reservado a pouquíssimas pessoas, talvez só "El Bebe" e  os nativos da região. É como ser batizado no Rio Jordão.




Mas eu não tinha a tal expectativa da vespéra do Natal. Porque nós estávamos indo de carro. De Porto Alegre até Junin de Los Andes. Já é uma pernada...
Pernoites em Montevideu e Trenque Lauquen.  A  estrada em si tem boas passagens que ficam para outra hora. O defeito é que  a expectativa de pescar é superada pela expectativa de chegar. Os dias extras  de viagem não aumentam a ansiedade de pescar.
Três dias  de olho na estrada, é claro que parar em uma parrillada  no meio do caminho sempre alivia o estresse da jornada.




Então uma hora  tu chega...




 Ah as luzes da cidade.... E pelo tamanho da fogueira que se  você percebe o quão portentosa é uma aldeia.




Digamos que Junin de Los Andes está mais portentosa que da última vez que lá estive. E como diz o pessoal do Blog Bolas Nas Costas :. terra de gente hospitaleira.




(Aliás o podcast BNC voltou, "eiscelente"  noticia da volta a Argentina, confira no globoesporte.com.).




Chegamos  a noite em Junin, muito vento, estava entrando uma frente fria.




Na porta da hosteria estavam um par de  botas secando. Tinha gente pescando. Bom sinal.




Os amigos já estavam lá.
Mesmo chegando a um lugar que nunca se esteve antes se têm um conhecido te esperando... É como  encontrar uma bússola no meio da jornada.
Em especial, em eventos sociais em que não conhecemos ninguém ou pior ainda  em um  funeral.
Então quando o Beto saiu porta afora foi com se eu já tivesse ficado várias vezes em Milla Piuke. Chegou com ele o  Gregório, o dono das botas, que eu conhecia de sua fama entre os pescadores e das histórias que o Tita me contava.




O Gregório tinha ido pescar, saiu do avião, pegou o equipamento e foi ao Chimehuin "de a pé". Pescou bem. Quantas cidades no mundo possuem um rio truteiro no quintal. Talvez um bom número. Quantas tão bons quanto o Chimehuin. Não sei se existe outra.




O Beto achou que o tempo tava enfeiando ou tava estafado com a viagem, pegou o cachimbo e uma dúzia varas de bambu novas e foi pro jardim testar suas novas criações ou talvez tenha ido visitar o efervescente comércio da capital argentina da truta. Eu não estava lá para saber oa certo. Em resumo : O Beto não havia ido pescar.




Ficamos felizes em chegar....
Fomos dormir para acordar bem cedo e ir pescar no outro dia de manhã....




Que nada.




Isto é para quem tem pressa. Para quem tem que ficar quatro dias e ir embora e precisa espremer cada minuto. Nada  contra .O homem tem que fazer o que ele tem que fazer...




Mas nós tinhamos um luxo de ficar o tempo o suficiente para ter uma atitude quase de quem mora por lá.  Psicologicamente, isto me deu uma liberdade para aproveitar o tempo de modo que faziam muitos anos que eu não conseguia. Se vacaccion tem de algum modo sua raiz etimologica em estar vago,  eu tive as vacaciones perfeitas.
Em um dado dia da viagem, que eu não sei qual foi, me perguntouo Beto, que também não sabia,  que dia era aquele. E eu não sabia se quer qual era o dia da semana tampouco do mês. E não usei relógio durante todo este tempo.
Não fez falta.
Acordava de manhã ligava a t.v. para ver que horas eram nos noticiários da capital argentina, paar ver se era razoável e ir tomar café da manhã. Via como estava El Humo e ia ao desayuno.  Media luna e dulce de leche, posso ficar mais uns meses sem ver....
Depois disso, era pegar a tralha e Carpe Diem !




A estrada tinha nos dado uma fome patagônica e fomos ao Ruca Hueney, aliás, El Nuevo Ruca Hueney. Provavelmente foi por muito tempo o único restaurate da portentosa Junin e é um dos marcos da cultura local. Os pescadores se hospedavam na Hosteria Chimehuin e  quando não comiam por lá iam ao Ruca.  
Junin, com eu disse, está mais portentosa, e agora há  mais opções gastronomicas. Nada que se compare com San Martin, mas divirjo...



Por pura "ortodoxia", pedi uma milanesa de terneira. Sempre é bom e e´o prato mais "em conta". Não que preço fosse o problema. Mas é o preço faz da milanesa do Ruca um clássico para o pescador.
A grande surpresa da noite e a razão deste desvio narrativo foi o vinho. Um malbec da Humberto Canale, 2002, a super safra nos disse o Tita. Perdido na adega do restaurante e estava absurdamente bom. Malbecs da safra 2002 são raros de encontar a testa altura do campeonato.
Os vinhos argentinos, especialmente malbec são muito bons e tem este potencial para  a grandeza. A carta do restaurate é razoável, nada de excepcional.  Então não é absurdo que lá tenha  bons vinhos. Mas no entanto este vinho lá da patagônia me surpreendeu.. Aonde menos esperava foi  encontrado um troféu..

Agora sim eu estáva pronto para ir dormir. Mas não foi uma noite de sono totalmente tranquilo.Choveu a noite inteira, chuva forte em alugns momentos. Isso ativou uns flashbacks Ausentinos aonde noites de chuva represnat  o risco  de um "rain off", rio fora da caixa e agua suja e a doce resignação de ficar comendo os acepipes da Nilda em frente da lareira. Mas como não chovia a três meses e segundo o Irineu, que tinha voltado na semana anterior,  além de baixo os rios estavam com água quente. A chuva era benvinda.
Acordei no meio da noite com uma angustia ausentina que foi acalentada por uma tranquilidade patagônica, a chuva deveria ser vista como uma ajuda,o frio também e afinal  eu teria tempo para esperar o rio ficar mais generoso caso a chuva lhe alterrasse o humor.




De manhã, medias lunas e dulce de leche, sempre muito bom por lá  e o  café sempre abaixo do par. Em qualquer lugar por aquelas bandas a exceção dos cafés expressos.




Fomos a San Martin, o Renato tinha que deixar as coisas para volta dele acertadas na, como diz o Lê , "Arrolinhas Argentinas". Passamos na Pireco para marcar as flotadas e  além da Mercedes, encontramos  o Alejandro em um dos poucos dias da temporada em que não estva remando. Foi  muito  bom rever os amigos.
Câmbio era necessário e aí ja era hora de almoçar. E com o almoço mais vinho.




Quando chegamos na hosteria eu já era a favor da siesta, já estava bem satisfeito com a visão do cume do Lanin nevado. Promessa de melhora da água dos rios nos dias que segueriam.




Mas seria demais. Vinte e quatro horas em Junin de Los Andes e não ir pescar, seria impossível. Devido ao adiantado da hora  a decisão foi fácil. Pegar o equipamento, vestir os waders e as botas e ir de a pé até o Chimehuin a poucos metros do rio.
Cinco "atletas" paramentados da cabeça até a ponta dos pés cruzando a Ruta 234. "A sight to see" diriam os anglófonos. Felizmente Junin é uma cidade  "cosmopolita" no sentido "angler" da palavra, uma das únicas do mundo que pode- se dizer que é razoavelmnete normal  um coisa desta acontecer.





Quando um pescador diz que um peixe era pequeno, em geral, ele está dizendo a verdade.
No entanto, quando diz que o peixe era enorme....




O pessoal saiu logo entrando no rio e pegando peixes.
Eu estava ali  me sentindo enferrujado. Demorou um pouco para entrar  o peixe. Até que encontrei os pequeninhos. E haviam muitos.




Inclusive o Renato que foi apresentado  ao fly casting momentos antes. Eu tinha uma certa preocupação que ele tivesse alguma dificuldade e  ficasse com uma má impressão do "quiet sport".




Tenho certo apreço pelas trutinhas, o consolo de saber que o rio está bem e se renovando. Que vem mais uma geração de trutas selvagens. Toda vez que sai uma truta destas em Ausentes era uma festa. Mas não era para isso que estava lá.




Logo vinha caindo a noite e peguei algumas trutas melhores. Quase todas marrons (salmo trutta). Estava frio, me conformei em voltar para pousada  e esperar por melhor pesca para os  dias que ainda viriam. E tomar esta decisão foi importante. Eu estava saindo do Chimehuin, que sinceramente achei que nunca mais voltaria a pescar.  E mesmo tendo algumas casas não lá muito bonitas compondo o cenário, eu podia enchergar o cume nevado. Estavamos ali nos fundos da cidade. Perto de uns terrenos baldios que o Beto carinhosamente chamava de El Basural. Era o tal anoitecer de uma tarde gris. E mesmo assim era lindo de se ver pois  estávamos pescando trutas.




Não foi "aquele" dia de pesca fabulosa mas francamente, eu não tinha o que reclamar  As trutas eram pequenas,  eu não estava pescando "bem", mas eu estava pescando no Chimehuin. Era quase impossível conter  o sorriso bobo.






Dr. Kroef em visual "dunga high tech" e a truta surpresa do primeiro dia.




Na pousada, já noite enquanto me arrumava chegaram o Renato e o Tita com um largo sorriso nos lábios. Poucos momentos antes , o Titão  olhou para um poço e pensou que ali deveria ter um boa  truta.
Arremessou lá e pegou um trutão.  Para bem  mais de dois kilo, mas do  kilo forte do Paulinho Guedes. O que equivaleria em robalês a  quase três kilos no rio Mampituba, dependendo de que está pescando.




Até o último dia de pesca o nobre doutor falou impressinoado daquela truta, pega ali no Basural, em um pocket. Testemunho das surpresas que se pode ter na beira do Chimehuin.
Aonde  menos se espera pode se encontar um troféu.
Robert Traver iria adorar.



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quinta-feira, 5 de junho de 2008

Um Sorcier Apaixonado





Conforme prometido aos leitores do TKOS, Le Sorcier Cardinet continua sua saga junto aos mais belos hipódromos do Mundo.

Neste domingo, estive em Chantilly para uma agradável tarde junto aos PSIs na Festa do Gran Prix Du Jockey Club. Uma jornada com 4 provas de grupo que foi brindada por um dia lindo de sol.

Foi amor a primeira vista.
Chantilly é, na minha opinião, um do mais lindos hipódromos do mundo. Do terraço das Tribunas de Chantilly avista-se o Chateau de Chantilly, o prédio das Ecuries (estábulos),as arvores e a bela pista de grama. Tem um formato de pista interessante, pois a reta oposta não é muito distante da reta final o que permite uma boa proximidade de binóculo e acompanhas a carreira quase colado nos cavalos..

Começa a festa
A tarde começou difícil para Le Sorcier que parecia que não iria desencantar, porém o momento do grandes pareos viria ....

A primeira prova de grupo do dia, o Prix de Royaumont, Grupo III para potrancas em 2400m, ainda pegou o sorcier meio “desfasado”, devido aos insucessos do pareos anteriores.

O Sorcier tinha convicção da barbada que era Sub Rose com Soumillon , mas pule de 3, 70 não adoça a boca do sorcier. Então, o negócio era inventar duplas com azarões. Deu  a lógica,  Soumillon ganhou com firmeza com Sub Rose e Pasquier trouxe a segunda força, Treat Gently, para formar a dupla. Destaco que a potranca assinalou 2’ 31” 50. Tempo quatro segundos melhor que o tempo do Doctor Dino.

Sorcier normalmente não é dado a cábulas resolveu trocar as arquibancadas, que estavam lotadas, pelo bom espaçoso terraço.

Visão aérea de todo o hipódromo. Único senão, é ter que descer 3 andares a cada pareo, para jogar.

Com novo posicionamento chegamos ao 4º. pareo, Prix de Sandringham (Grupo II), potrancas na milha.

Só 5 inscritas e uma barbada, a potranca inglesa Modern Look do sr Khalid Abadullah (que fardamento forte!), com Pasquier a bordo. Tentei o desengate com uma exata com o azarão da pedra, Lady Deauville nro 5.

Pasquier galopou a favorita na frente e na reta final apertou e não teve dificuldades de dominar assinalando 1’ 38” 50 . As demais morreram nas suas patas e Lady Deauville aos trancos e barrancos atropelou, mas faltou braço ao nosso amigo D. Boeuf e perdi a exata por cabeça.

Defintivamente não era dia de bombas.

O quinto pareo, Prix du Gros-Cheine, 12 cavalos em 1000 metros e o sorcier disposto a arrepiar partiu para exatas combinadas e trio (trifeta) . Marchand D‘Or (1) com cara de  barbada combinado comas duas outras forças da pedra, o 10 Only Answer (GB) - era a tarde dos ingleses - e o 11, Captain Gerrard.

Tudo perfeito até a passagem nas tribunas, Captain Gerrard na ponta, Only Answer em segundo e o meu Amigo, Bonilla, que havia largado mal com Marchand D’or se posicionando para o bote.

O problema meus amigos é que para correr os 1000 metros em uma reta só, eles empurram o disco uns 300 metros adiante das tribunas e foi aí que “la maison est tombé”.

Interessante é que colam o starting gate na cerca externa e a raia 1 passa a ser a raia colada a cerca que passa em frente as tribunas

Escondido no pé do programa, com o numero 12 Equiano, estava o especialista Soumillon, que havia largado raia 5 e consegui posiscionar-se colado a cerca externa que neste caso é raia 1, arrumou uma passagem e estragou a festa. Equiano tinha muita chance mas estava escondido e me escapou nas paginas do Paris Turf.O vencedor pagou 6,20 e a exata 56,3. Tempo 57”20.

Peladura.

Doctor Dino

O tão esperado Grand Prix de Chantilly trazia de volta as pistas francesas, Doctor Dino, que já havia nos dado alguns dividendos (placê) em Dubai. Encontraria, entre outros, o nosso conhecido do Arco 2007 e de recente fracasso em Longchamp, Zambezi Sun. Este nos devia uma boa apresentação.

Uma carreira belíssima. Vale ver o vídeo com as imagens de Chantilly.

Conduzido com primazia por Peslier, sempre excelente, Doctor Dino se impôs, embora sem muita facilidade e com o tempo 4 segundos pior que o das potranca Sub Rose do segundo pareo.

Zambezi Sun retribuiu a confiança do Sorcier e tirou um belo segundo, com Pasquier segurando no braço o ataque do irlandês Not Just Swing.

Esta exatinha não escapou. Pule de 4,90, nada de muito animador, mas valeu pela gritaria .

Tenho a impressão que apesar da bela corrida Doctor Dino e Zambezi Sun podem correr mais e este resultado não chega a qualifica-los para se enfrentar novamente em outubro,  no Arco 2008.

Prix du Jockey Club

20 partiriam para o Grande desafio do dia os 2100 metros do Prix du Jockey Club. Um grande evento que contava com um tempero a mais, a inscrição da potranca Natagora (20), que vinha desafiar os machos e contava, é claro, com a torcida de todos.

Apesar do retrospecto espetacular da potranca (7 vitorias e 2 placês), o Sorcier achava a parada meio dura. Nunca tinha ido além dos 1800 e ainda enfrentar os machos pela primeira vez. Dois tabus em só um dia.

Analisando o programa tudo poderia acontecer. Tinha o favorito natural do retrospecto High Rock(4) , que vinha de vitória fácil, o favorito da crítica The Way You Are (17), que Pasquier iria montar barrando a blusa do Khalid Abadullah do numero 1, o inglês Famous Name. Tínhamos ainda,  Democrate (3) que vinha de vitória sobre alguns dos concorrentes e Montmartre (2), potro do Aga Khan, que tinha corrido duas (1 vitoria e 1 segundo lugar) e tinha Soumillon a bordo.

Já listei acima 6 bichos com chance, mas nenhum deles era a espada do Sorcier.

O mago tinha uma suas cartas na manga.

O Sorcier havia avisado ao Tinho Kessler, que passou a tarde ligando para saber as barbadas, que a  barbada era Vision d’Etat (8), potro invicto em 4 apresentações e que vinha de vitória em Chantilly.

Não deu outra . O Sorcier estava certo e pegou esta pule de 8,20. Escapou a exata por que o inglês Famous Name, uma pule de 40/1 resolveu prender vôo, para cima de “moi”. Me cerquei de exatas com Vision d’Etat, mas ignorei o inglês.

High Rock foi favorito pagando 5/1. Prospect Wells(19) também botou muito jogo e pagava 7/1.

A carreira foi emocionante do principio ao fim. Assumiu a ponta o parceiro de blusa de High Rock, MayWeather (5), seguido de Blue Brésil (18), com Natagora (20) acompanhando os ponteiros e aumentando a temperatura do pareo.

Logo em seguida High Rock e Vison d’Etat vigiavam de perto.

Na reta a potranca parecia incansável, a espada do Sorcier, Vision d‘Etat deu a partida e High Rock também.

Emoção e suspense, mas o Sorcier prendeu o grito.  Quando, repentinamente, surge um bolido voador do fundo do lote, que parecia que ia passar por cima..

Ao meu lado um inglês prende o grito “Go Smullen, go” , era Famous Name (1) , o potro que tinha sido "forfait" no 2000 Guineas Irlandeses por causa da pista muito leve.

Isto só descobri depois da carreira, senão tinha pego a exata. Estes livrinhos bonitinhos que distribuem em dias de clássicos tem informações preciosas.

Mas a batalha Sorcier versus inglês durou 200 metros, com o inglês achando que ganhou.. O replay no telão foi categórico e Vision de D'Etat consagrado e o jóquei Mendizabal premiado pela precisão no percurso.

Foi a consagração de uma tarde fantástica. Ver  esta excepcional potranca Natagora, que liderou até os 200m finais e só realmente se entregou a 50m do espelho, e, é claro, o show de Vision d’Etat com a vibração de seu jóquei, Mendizabal, que nunca havia ganho este pareo.


O inglês se enganou

Senhores uma tarde de sol num dos mais belos hipódromos do mundo, com um cardápio de carreiras inesquecíveis e o TTKOS ainda me paga para isso.

Que mais posso querer?

Talvez voltar neste domingo para ver o Diana (www.prix-de-diane.com)

Não tem jeito, vou virar habitué de Chantilly.

À bientôt
Le Sorcier Cardinet


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Loucura, loucura

Estou a alguns dias me debatendo (demorei até para achar a palavra) com as lembranças da GPP, Grande Pescaria Patagonica, mas tenho tido muitas distrações.


Tava frio mas o Lê achou um Chimeuhin piscoso.


Entre alegrias e tristezas vai passando o tempo e eu não terminei a história paa postar.

De repente ergue-se no horizonte como uma onda mostruosa de um filme de catastrofe. Um tsunami de corridas de cavalos no fim de semana.

Belmont Stakes valendo a triplice coroa para Big Brown (e o Pick4 com $1milhão garantido).
O Derby, o Oaks e Coronation Cup em Epsom Downs. O Prix de Diana em Chantily.

 
O Arthur na visita a Chantily.
Ficou surpeendido em não encontrar os anões da Branca de Neve.

Sobre Chantily vou deixar voces com a palavra do nosso correspondente que foi semana passada ver o derbi francês, o Prix du Jockey Club e de quebra teve prazer de testemunhar a atuação de um dos "galos" do TTKOS, o grande Doctor Dino.

O laboratório fotográfico da TTKOS está ocupadíssimo processando todo material que Le Sorcier mandou. Vai rolar aos poucos.

Enquanto isso eu fico olhando para as fotos da pescaria naquele dia frio no Rio Chiemhuin e no sabor surprendente do Humberto  Canale malbec que tomamos no dia anterior. E quando dou Alt+Tab e passo para a edição do post eu exito.
E passa um minuto, depois outro e eu vou ver como estão os chip counts na World Series of Poker e conferir os meus podcasts.


Doctor Dino domina a carreira...


Mas a onda agora está tão próxima e encobre o sol que me cegava.
A mar recede a minha frente enquanto os meus olhos adaptam o foco eu eu posso ver o tamanho da vaga. Quase uma centena de folhas de retrospectos, fotos e mais fotos e trinta de anos de espera....

Eu fico imóvel com uma criança assustada, em choque esperando esperando ser detruído pelo cataclísma sem conseguir digitar outro parágrafo.
Esperando ser salvo por uma barbada que pague uma pule alta.

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