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sábado, 28 de fevereiro de 2009

Watchmen - 6 dias - um pouco spoiler - Eu acho

Watchmen, já falei aqui. É uma graphic novel do "gênero" superheróis que, meus amigos acreditem ou não, é uma obra prima da literatura.


A adptação cinematografica de Watchmen chega as telas na sexta e seu diretor Zack Snider, o mesmo de 300, fez novamente ,ao que parece pelo fantástico trailer, uma superprodução incrivelmente parecida visualmente ao gibi.


Algo impensável e tecnicamente impossível quando a hq foi concebida por Alan Moore e Dave Gibbons.


O grande trunfo da novela é o seu enredo complexo, sem fazer pouco do brilhante trabalho de Gibbons.


Moore é um tipo de gênio . Como não sei defini-lo, deixarei o tipo indefinido. Vá a uma livraria e compre qualquer obra dele e confira por si própio.


Algumas partes da história são delirantes, mas com um propósito. È uma qualidade que se encontra também em gêneros como a fantasia e a ficção científica


Cortar alguma parte de uma obra prima da literatura para levar para o cinema é correr o risco de borrar a Mona Lisa.


E aqui, pelo que eu li na imprensa especializada é o filme, que eu sabia seria muito díficil de adaptar, se perdeu.


E para quem é fâ da história original é provavel que para sempre.


A pequena mudança na história que vazou ( spoilerzaço - cai fora, em especial se não leu o gibi ) é que o monstro alienigena criado por Ozymandias não existe. O plano de Adrian Veitch para salvar o mundo e trazer a paz tem o mesmo principio mas a explosão é causada de alguma forma pela sua influência nos poderes de Dr. Manhattan


Muitos personagens secundários e de algum modo dispensáveis estão envolvidos na conspiração para construir a criatura.


Mas em especial , a razão porque o Comediante é assassinado e começa a investigação de Rorschach, tem a ver com a criatura


Que é a trama inicial do filme. .


.


E também extrai da história a estocada do matador de Moore, que após construir um labirinto de enredos no desenvolvimento de um fabuloso suspense, usou um recurso quase absurdo ( a falsa invasão aliénigena criada por Veitch) para encerrar a trama com incrivel elegância.


Provavelmente a equipe de roteiristas deve ter tentado fazer a modificação da forma mais transparente ao resto da trama. Que pelo trailer e imagens já divulgadas indicam o gibi está todo lá fora esta modificação, que ainda é envolta de mistério. (A explosão ser em azul Manhattan no teaser da t.v. é um mal sinal mas não custa ter a esperança.)


Acho que o conteúdo do trailer foi feito para indicar aos fãs a fidelidade ao giibi e evitar o bombardeio na internet e o desprezo prévio ao filme.


Vou tentar não ficar com um pé´atrás para aproveitar ao máximo o filme.


A esta altura do campeonato a minha recomendação ainda é ler o gibi antes de ver o filme.


Porque ver o filme antes vai estragar a experiência de navegar na trama urdida por Moore. Pois basicamente já va se conhecer os detalhes da história e vai tirar o fascínio de aquele universo fantástico ser materializado.


Ver o filme e depois ler o gibi servirá´ para constatar o quão estarrecedoramente boa é a obra original.


Ver o filme e não ler o gibi é burrice.


Não ver o filme porque não faz o teu tipo, não tem problema.


Não ler o gibi porque não faz o teu genêro é como não ler Shakespeare porque não gosta de pentâmetro iâmbico.


No fim das contas, não tenho como evitar a contradição.


Sei que vou gostar do filme e ao mesmo tempo, mesmo que a solução encontrada pelos roteiristas seja genial, vou ficar decepcionado.




Technorati :

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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

De volta. E é claro que isto iria acontecer. Um pouco de turfe...

Cheguei na quinta, uma da tarde por aí.


Como ainda estou com o fuso horário do litoral e tinha que desfazer as bagagens estava preso ao alr nas priemiras horas.


Quinta feira é o sagrado dia das carreiras do Dubai Winter Meeting.


Já havia perdido quatro reuniôes ( duas sextas e duas quintas). Na última vez vez que estive na Codere, "enfiei-lhe a murça" no Glória de Campeâo para ver ele cansar na reta e para piorar, ver o Happy Boy ressussitar e derrubar a minha trifeta. Então ainda tinha um gosto salgado na boca.


Tinha lido no raia leve que o G.d.C. tinha ido novamente para urna. Mas não sabia qual páreo. Dependendo do páreo ainda dava para dar uma investida...


Mas cheguei ontem em casa. Liguei o computador e fui direto pro Attheraces para ver os resultados.


Este bad beat estava se escrevendo faz horas.


Gloria de Campeão ganhou, 20-1 no vencedor, exata com o favorito , 100-1.


A despeito do prejuízo, fiquei satisfeito porque finalmente o bicho desemcabulou. Ganhou com muita autoridade. Que faz pensar que ele voltou a sua melhor forma e pode beliscar uma coisinha no dia da World Cup.


Outra noticia interessante é que o amigo do TTKOS, Eintein, deve ser inscrito no Santa Anita Handicap.


Aos sete anos, o cavalo brasileiro ainda é very game. E está em uma campanha de valorização para sua ida para reprodução, provavelmente na proxima temporada.


Por isso, ele foi inscrito no Donn Handicap , mês passado. Cravou um terceiro, mas cansou. A carreira não era boa para ele indo de top weight e largando por fora. Albertus Maximus ganhou muito bem e se tocou pro Dubai.


Mas Einstein, já tinha pensado eu quando ele trucidou Commentator no Clark ( em Chuechill raia que ele adora), merecia uma chance na raia sintética de Santa Anita. Devido ao sue sucesso na grama e como foram os resultados da Breeder´s Cup.


E agora, o Cavalo Que Nunca Desiste vai atrás do Big Cap. Um milhão de doláres.


Tentando repetir o feito de Siphon.


E, se ele realmente gostar do Pro Ride abrirá as portas para a Breeder´s Cup deste ano, vai ser de novo aos pés das montanhas de San Gabriel.


Mais turfe.


Duas carreiras imperdiveis no sábado. Preparatórias para o Kentucky Derby. o Sham Stakes em Santa Anita para tentar desvendar The Pamplemousse e o Fountain of Youth que vem recheado de potros com chances vivas. No FoY, fica a nossa torcida com Cpt. Candyman Can. Pro ser filho do argentino Candy Ride ( que tem ainda os filhos Chocolate Candy e Evita Argentina entre os melhore potros da geração) e treinado por Jerry Hollandofer, que nunca venceu o big one.


O mistério é ver se This Ones for Phil confirma a última vitória.


Treinado pelo mesmo tratador de Big Brown, o controverso Richard Dutrow Jr, This ones for Phil evoluiu de um dois anos que não inspirava grandes expectativas ao nivel de craque. Cravando o melhor eyer já registrado para um três se preparando para o Derby. Evolução tão impressinonante que gerou uma polêmica após um artigo cheio de insinuações de doping, ou pleo menos de uso criativo de produtos ilegais na preparação, por Andrew Beyer do Washington Post.


E daqui a duas semanas.... O Festival de Cheltenham.


Apesar do chase não ser o meu tipo carreira. Cheltenham é especial.


O desfile de heróis culmina no dia 13 com a Gold Cup ...


Madison du Berlais que trucidou Denman na última vai tentar o impensável. Fazer o mesmo contra Kauto Star.


E Denman, o lutador ! Poderá ele se recuperar e levar o bicampeonato !


Outro animal em top form é o conquistador da Hennesy Cup, Neptune Colognes.


A Inglaterra vai parar...

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De volta aos H.Q. do TTKOS. Bons dias de praia e duas noites de terror em Tours-sur-mer

Cheguei da mais bela praia do Rio Grande do Sul, boa temporada. Alto consumo de feijão, milho e tomate. Não sou muito do abacaxi. Mas o abacaxi ali da Terra da Areia é o oro...


O carnaval de rua superou todas as expectativas...


Em duas inesquecíveis noites, diversos blocos com carros de som. (Trios elétricos ou com melhor diz a Dona Rosinha. - Trem elétrico). Se reunindo em grande arrastão na Praia Grande. Detalhe, todos os carros de som sintonizados em uma rádio FM. Nada de show ao vivo. Som mecânico de qualidade...


Assim a insônia do pessoal da Praia Grande e arredores foi embalada por Carlinhos Brown, Ivete Sangalo e Claudia Leite. E graças as estratégia de guerrilha dos multiplos carros de som, não havia aonde se esconder.


O MC se puxava. Com ligações ao vivo para o celular para avenida para saber quando os blocos chegariam ao rendez vous. A melhor frase dele foi detectada por Dado Cantalice, do seu camarote no edifício Amigos de Torres :


" Somos todos anjos de uma asa só. Somente juntos podemos voar..."


Quilindo !


É triste ver o território sagrado por onde o Ildo costumava trazer rodadas de chopp ser maculado por consumidores de capeta e crepes no palito.


Em um ato de protesto, comi o clássico "churros" do Vô Gervásio e um copo de caldo de cana...

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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Pensamentos



Existe um acordo entre as partes envolvidas, uma que ama, mas que não consegue evitar infligir dor.


Outra que despreza mas eventualmente se deixa seduzir pelo oposto, sabendo da triste consequencia.


Ambos ligados pelo "vício do jogo", prometem humilhar sistematicamente um ao outro.



É a mais saudável das relações destrutivas e pelo menos um dos envolvidos pensa que se trata de esporte e alguns poucos destes elevam à arte.



Apesar da natureza unilateral desta união, ela funciona harmoniosamente dia após dia.


Talvez, porque uma das partes é um ser humano da nobre estirpe dos que pescam por esporte. Mas, principalmente, porque o outro é um peixe.



Os pescadores pensam em pescar a cada momento em que não estão pescando. Se organizam individualmente e em grupo e pensam em materiais e técnicas para enganar peixes.


Pensam em peixes para enganar e pensam em como usar estes materiais e técnicas para enganar peixes.


Pensam em pescar até quando não estão pensando. Em sonhos, onde pensam estar pescando.


Os peixes por sua vez, não pensam.


Os peixes se deixam levar por fome, ódio e por pura inôcencia que são instintos seus, uma vez que não pensam.


Eles não sabem o que fazem.


Deve existir então algo maior que o pensamento que os dirige as iscas, de encontro ao sacríficio.


Talvez sejam marionetes controlados por um ser superior. O pescador, que pensa, acha que é ele. E, divinamente, perdoa e devolve as águas o peixe. E devido ao muco dos peixes, lava suas mãos.


Sem saber, que por ser pescador, faz tudo isso sem pensar.



Outro daqueles textos do Jornal da Arpia. Com uma correção aqui ou ali, para a pontuação ficar "menos pior". Infelizmente, de lá para cá, o pouco que sabia sobre as regras de nossa lingua, esqueci. Então é possível que tenha ficado "mais pior"

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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Atado de fly - Muito mais que um passatempo.

Começa com um conjunto para fly.


Precisamos de moscas, compramos uma dúzia não sabendo se são suficientes.


Quando começamos a pescar descobrimos, são poucas. Enrosco, um "cast" ruim ou o peixão que escapou.


E as que voltam aos poucos se gastam.


São sempre poucas e sempre queremos mais.


A não ser que o seu problema com dinheiro seja armazenamento, o atado é a saida.


As moscas que precisamos para pescaria do fim de semana em algumas horas de um passatempo viciante.


No inicio é dificil. Uma hora para fazer a mosca que no livro diz: "..em aprox. 15 min."


Sim, voce já tem um livro, no fim de semana vai comprar uma ave e jogar fora sua carne, conhece todos os armarinhos da Sr. dos Passos e pelou um animal morto na estrada.


E o pior, acha que tudo isso é normal!


O resultado difere tanto do desejado, que você pensa que é macho demais para tanta frescura, e portanto nunca vai conseguir.


Mas como não chegamos a este ponto por falta de paciência ou excesso de sanidade mental, seguimos...


Até o ponto em que já pegamos tantos peixes com iscas feitas por nós, que atar moscas faz parte de todo o processo.


É uma questão de principios, algo que nos faz melhores pescadores.


Conhecemos a intimidade de insetos que não sabíamos que existiam e o comportamento de peixes que, talvez, um dia, iremos pescar.


Chega o dia em que olhamos a mosca na morsa e a admiramos como a um troféu.


O peixe luta com ela na boca como lutamos para nos aperfeiçoarmos na arte de enganá-lo.


Guardamos a isca na caixa com a mesma satisfação com que devolvemos um peixe a água.


Toda vez que eludimos uma criatura com milhões de anos de experiência no ramo com os nossos sempre limitados conhecimentos, neste momento, o passatempo talvez seja arte.



Este é mais um daqueles textos que escrevi pro jornalzinho da ARPIA. Muito enxutos, ou melhor dizendo, enxugados porque o espaço era mínimo.


Como eu disse antes existe uma certa ingenuidade na tentativa de escrever "bonito", ao contrário de ser mais comico no textos mais atuais. E ás vezes, até saia um bom texto mas a "veia poética" é meio constragida.


Em especial, este texto que trata de atado (fly tying) , porque na época era uma coisa bem mais exótica. Hoje em dia ainda que seja uma coisa de uma tribo meio reclusa é algo conhecido. Mas como o público alvo era de pescadores da ARPIA, ou eles sabiam do que se tratava ou eles poderiam me contatar para saber o que eu falava.


Então agora, Para quem não sabe o atado de mosca consiste em prender um anzol em uma morsa e adornar com penas, pelos, linhas e materias sintéticos.


E como o material é dificil de conseguir a não ser com um que outro cara que importa caro ou em lojas especializadas no exterior e era muito mais dez anos atrás.


Eu realmente era cliente da Casa Gassen ( penas de pavão e faisão), ainda tenho o couro de galo que o Caco secou para mim e quando eu pelei o graxaim morto na beira da estrada em Palmares do Sul ( os cabelos são excelentes para downwings e rabos de insetos) O meu primo Dr. Tony Boy, aplicou os seus conhecimentos médicos e me diagnosticou como anósmico . Devo dizer que eu estava tão feliz em conseguir material de atado que eu realmente não sentia o cheiro do animal putrefato.


Hoje, tenho ums cinco ou seis livros e ja faço isto a tanto tempo que a catarse foi substituida pela rotina. Mas devo confessar que sucesso do Goddard's Suspender Midge Pupa no Chimehuin e no Malleo me fizeram sentir como quando eu tava começando. Sempre tem algo novo para se descobrir, então este texto ainda é atual.

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