Cachoeirão dos Rodrigues ameaçado por represa !
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sexta-feira, 7 de março de 2008

O melhor dia de pouca pesca da minha vida ! (parte 2)


Sem Rosto, em momento rubinho. "-Bruuuuto!".
  Choveu, não peguei muitos peixes e no entanto foi um pescaria inesquecível.


Passado o cansaço da primeira semana de pesca e ainda tendo um dia antes que a turma chegasse. Eu e o sábio Beto Saldanha resolvemos que seria muito mais agradavel  Malleo do que lo mucho mas cercano Chimehuin, que iriámos pescar no dia que seguinte,  quando o pessoal chegasse devido ao horário de chegada do vôo em Chapelco. ( par ler o início dessa saga clique aqui.)


Uma ligação rápida desde a Pousada da Turca  para uma locadora de automóveis aleatóriamnte escolhida na lista telefônica de San Martin e em poucas horas tinhamos um Fiat Palio estacionando aos fundos da Pousada e   " en frente de la casa aonde moro El Bebe".
Na manhã do dia seguinte, tinhamos que fazer alguns preparativos antes de partir rumo ao rio. Tinhamos que descolar uns comes e bebes.
Eram tempos mais dífíiceis aqueles, quando o peso ainda mantinha paridade  frente ao dólar e o real estava entrando em decadência. Esta informação é muito significativa, pois tínhamos comprar o que beber. E uma das coisas que faz a Argentina um pais maravilhsoso é o a fato que o vinho é tão barato quanto refrigerantes. Mas como eram tempos bicudos nos contentamos com um Pequeña Vasija ou coisa que o valha. Vinho que apesar dos excelentes serviços prestados hoje seria visto com certo desprezo. Acho que pelo preço em dólar daquele vinho eu compraria hoje um Cavalero  de  la Cepa. Minhas asias e ressacas estarão muito melhor servidas em futuras pescarias.
Levamos do supermercado também uns frios mais notadamente um chorizo, um salame rico o suficiente em páprica para tingir os teus intestinos de cor de laranja. Mas isto é outra história.
Passamos na Panaderia Buamscha para nos fornir de alguns pãos e biscoitos, aliás excelentes.
( Leio agora que as simpáticas velhinhas propietárias da padaria foram  barbaramente assassinadas  dois anos atrás e que o caso ainda está em juízo  Lamentável.)


Rumamos as barrancas do rio,  por familiaridade e porque o tramo do rio com acesso público é bem maior, decidimos pescar Malleo  abajo. Basicamente a parte rio abaixo da ponte da Ruta Nacional. Passado alguns quiilometros o rio cruza território  Mapuche,  mas o preço do acesso ao rio é bem reduzido. Um pouco antes da cancela do território Mapuche tem um lindo "run", que é de fácil acesso por carro. O que era importante ja que estava começando a chover.
Mal havia parado o carro na barranca do rio e o aquilino Beto Saldanha já havia percebido algo de unusual.
Podíamos  ver os peixes "nadando" no rio.  Eles subiam. Sinal que as trutas estavam, antes de mais nada, ali (ou como costuma dizer o Beto: " Ei., ei... Elasss isstão aquiiii! ") e se alimentando.  Uma grande quantidade de peixes em atividade, se alimentando, é claro sinal de uma eclosão. E era uma quantidade razoavel de insetos. Um banquete capaz de atrair uma quantidade grande de comensais.



Ilustração que mostra a "subida" de uma truta para pegar "emergers".
Por Charles Jardine e desarvergonhosamente "ripada" do magnifico livro Trout Fishing Techniques de John Goddard.
Jardine, além de artista, é um dos maiores pescadores/autores da Inglaterra.


Eclosão é quando um inseto em estado "pupal" ou sua naiade, ou como preferem os mosqueiros,"ninfa"   se transforma  em um inseto "adulto", genericamente a fase alada. As condições ambientais  para que isto aconteça, as vezes proporciona que toda a população de um tipo de inseto ocorra em certa parte do rio e tanta comida disponível faz que a truta que um predador que come sempre que tem oportunidade fique enlouquecida..


O estilo do "rise", da emersão das trutas, naquele momento era indicativo de emerger de  mayflies, que são as efemerópteras na transição da ninfa para o estado "adulto". As efêmeras são iinsetos curiosos, são de algum modos primitivas. Só possuem um estado "ninfal", enquanto a maioria dos insetos áquaticos comos os dipteros (mosquitos)  e tricópteros possuem uma fase larval e uma pupal antes de eclodir. Estes eclodem  em insetos alados plenamente capazes de se reproduzir. Já as mayflies emergem em uma fase alada, sub-imago ou dun, que não é  sexualmente madura. Depois sofre outra metamorfose para uma outra fase alada, imago ou spinner, que é capaz de copular e botar ovos.
Por terem vida tão curta, efêmera, devo lembrar. As mayflies tem seu sucesso atribuído a quantidade e frequência em que se reproduzem. Isto em implica em hatches com populações numerosas e tornam as efêmeras um das presas preferidas das trutas.



Ilustração que mostra o ciclo de vida ds efêmeras de modo  se possa  entender todo o papo de ninfas, emergers, duns e spinners.
Imagem ripada do guia de pesca com mosca, Curtsi Creek Manifesto de Sheridan Anderson.
Uma brilhante obra em quadrinhos que ensina  flyfishing com graça e inteligência.


Todo  o pescador de trutas é um marechal de campo. Tem que lutar empunhando seu caniço e tem que ser um estrategista capaz de atacar seus "inimigos" com máxima eficiência. Estratégia para se pescar trutas pode ser grosseiramente resumido localização, seleção e apresentação. Localizar  o peixe, selecionar a mosca que atrairá um ataque e colocar e apresentar esta mosca na área de ataque deum  modo que o peixe dispare contra a mosca.


Localizar foi fácil.
Estacionamos o Palio à 100 metros das trutas.


E  certamente naquele momento elas comíam emergers de mayfly.


Aqui chegamos ao primeiro problema a ser solucionado.
Eu não sabia o tamanho e a cor dos insetos, e pior ainda. Tinha poucas imitações de emergers de mayfly e nenhuma muito pequena.
Trutas, ao contrário do que pensam algumas pessoas, não são phd em Entomologia. Sua capacidade de distiguir uma imitação depende se água é clara, limpa e de sua velocidade e da luminosidade e da refração da luz na água, de como a luz desvia ao entar na água e distorce a visão dos objetos que estão fora da agua. O que é mais ou menos óbvio porque a truta vai ser prirmariamente lubridiada pelos seus olhos. ( Outros peixes e iscas podem fazer uso de cheiro e  som além de imagem pra convercer o peixe).
E apesar de trutas enchergarem muito bem a sua capacidade de reconhecer comida pode  depender de uma caracteristica como brilho que em certos momentos pode ser tão mais significativa que a forma e tamanho que as trutas se atiram contra pedaços de metais que giram em torno de garatéias com avidez. Dito isto  pode se imaginar que uma mosca, uma isca artificial não precisa ser uma imitação anatomicamente exata. A isca precisa sim ter características expecíficas que disparam na truta a reação atacar.Pode sem relativos a função ( ninfa, emerger, seca, afunda, fica em "meia água", flutua), cor, tamanho e até  fatores, digamos assim, da psicologia da truta..
Escolher a mosca certa passa a ser uma decisão de inferência proporcionalmente ligada a quantidade de informações que o pescador têm. Como quase sempre ele nada sabe, acaba pescando por tentativa  e erro e no fim pega um peixe na sorte ou com um wolly bugger.


 E tendo escolhido a mosca certa, digamos  que alguem tenha lhe dito qual a mosca usar, o  sucesso depende ainda a habilidade do mosqueiro aremessar e manipular a  mosca de modo a  truta "pense" que aquilo é comida.


Resolvido o primeiro mistério, tratavam-se de emerger de mayflies, eu tinha um problema. Eu não sabia o tamanho e a cor na emerger que as trutas do Malleo estavam comendo. O unico jeito de saber isto seria  eu me direcionar  rio abaixo e  coar a água do rio para ver quaiserma os insetos. Não sou uma pessoa  muito sutil me deslocando no rio. Não queria que a minha presença atrapalhasse o "feeding frenzy"
Não estranhe o verbo coar. Mosqueiros fazem estas coisas no desespero de descobrirr o que está comendo ou pode comer a truta.
Todo o marechal de campo precisa de um serviço de inteligência  e espiões. E não vamos entrar no mérito da velha piada qeu inteligência militar é um oxímoro.
E se coar  não fosse loucura o suficiente, pescadores costumam virar as pedras do fundo do rio para amostrar a população de náiades, e mais raramente costumam fazer sondas estomacais nas trutas e em casos mais extremos fazem mergulho para observar o habitat.


Já eu, me voltaria para tentativa e erro   e não tinha muita variedade pata tentar. O experiente Beto Saldanha me disse que ia  fazer uso de suas táticas que funcionavam a mais de trinta anos. Iria rio acima. Perguntei,  " bicho preto ?"  Para  qual a resposta foi outra pergunta , " e lá existe outra mosca ?"
Bicho preto é uma variação do wooly bugger inventada por ele responsável por a maioria da quantidade nada desprezivel de trutas que esta lenda do flyfishing tupiniquim pegou.


Eu resolvi encarar a batalha pelo front oriental. Queria solucionar  o mistério da truta e enganálas em seu própio jogo. Eu ja tinha uma abertura, mas seria um jogo de xadrez e teria que tenatr vencer com um olho vendado pois não tinha  boas imitações.


Tive uma longa  hora que de frustração, nenhum ataque enquanto as trutas subiam para comer. Se botasse a minha cabeça dentro da água,poderia ouví-las rindo de mim.


Resolvi usar um sparkle pupa emerger. Uam imitação de pupa emergente de tricopteros inventada por um sujeito genial chamado Gary LaFontaine. Mosqueiro, guia, biólogo, pesquisador e autor  brilhante. Era um dos tais sujeitos que mergulham no rio Ele pesquisou a fundo a populações de tricopteros dos rios americanos e como os insteos se comportavam  na água e como as trutas reagiam aos insetos. Num mergulho daqueles ele percebeu que as pupas brilham dentro da agua quando estão para eclodir pois enchem seus corpos gom bolhas de gás. E ele inventou uma mosca usando fibras de antron. Uma fibra sintética trilobal criada pela Dupont  que eram amarradas de modo a mimetizar o brilho dos gás nos corpos das pupas. Infelizmente ele faleceu


Em inúmeras passadas em dead drift, usando uma apresentação que imitava o comportamento passivo a correnteza, tive pouco sucesso. Passei então a fazer uma apresentação mais ativa, rio abaixo. Em uma estrategia mais típica de quem esta imitando uam pupa de caddis e não uma emerger de mayfly. ( Apesar de ds emergers serem um tanto ativas, elas flutuam simplesmente à superfície, elas realizam movimentos.)


Gol !  Peguei um bela truta.


 O Beto vinha descendo o rio e fotografou o momento. E a foto do inicio deste post. Na hora de fotografar o peixe, as partes do meu caniços se  separaram e eu tive que juntá-las  uma a uma no rio enquanto a truta saia nadando. Em mais um momento patético da minha busca por uma foto perfeita.  (Mais detalhes aqui)
Em seguida peguei outra que por ser muito menor eu consegui tirar uma foto.


Achei que tinha resolvido o  quebra cabeça e que agora ia matar a pau. Passou talvez mais uma hora e nada. Ao que esfomeado Beto Saldanha (não mais do que eu) sugeriu que saissemos da chuva e  matassemos aquele vinho. Quem sou sou para discutir com ele.


(continua)


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Um comentário:

Anônimo disse...

Parabens pela disposição, uma boa pescaria pra mim não quer dizer se trouxemos muitos peixes. Mas passa pelo espirito de aventura com os amigos, o humor e as piadas que são proporcionadas na beira do rio.
entre lá no meu blog pescacomigo.blogspot.com e faça um comentário... obrigado.
se você autorizar copio vossa imagem pescando e publico no meu site. so diz onde foi, que rio, que peixe estava pescando,,, ok,,,