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segunda-feira, 17 de março de 2008

O que estou fazendo....O Zen e a arte de atar moscas.



Em breve em um rio de Neuquen




Atando moscas.





Estou com um pescaria programada na patagônia e estou me vestindo de festa para o evento. Estou a algum tempo sem pescar e não tinha iscas o suficiente. Como sou do tipo "hands on" ao invés de comprar a moscas eu vou lá e faço eu mesmo.




Além de ser um economia razoável de dinheiro e uma boa distração.




É claro que   pelo ponto vista econômico, mesmo fazendo isto a uns dez anos,  é provavel que eu esteja a recém saindo do vermelho pelo tanto qu investi em material através dos anos.  Vendi uma ou outra mosca para amigos por preço de custo o que ajudou a desempatar o investimento em material e o tanto que economizei em moscas que eu deixe de comprar.




Basicamente eu prendo um um anzol a um torno e  usando uma linha fina eu amarro pedaços de penas, pelos e outros  materiais para montar algo que represente um inseto ou um peixe... Uma isca !

(Googleie ou Youtubeie "flytying" )

Toda vez que alguém  se da conta que se trata de uma atividade repetitiva, possivelmente entediante mas todos os seus praticantes adoram fazer e que por quase mágica gera imitações milagrosas elas qualificam como se fosse "ZEN".

Talvez....


 Fiz cursos com o Scotiinho e o Gustavo Tachinni. Pude discutir com o Roger "ganso" Silveira, que é um atador fabuloso. Mas eu sou mais do que qualquer outra coisa autodidata. Por isso eu sempre rejeitei esat história de zen. Um clichê.

 Posso dizer que  o maior impulso me foi dado pelo Tati, que me ensinou a  entender o as instruções dos manuais de atado e deu a lição mais valiosa.

Para sempre atar as moscas como se fossem ser vendidas e portanto elas tinham que ter a qualidade que eu gostaria de ter ao comprar uma mosca. Se .a coisa não estava indo bem. Desmancha e  faz de novo.

E é claro que só a repetição e a prática leva ao aperfeiçoamento. Algo Zen.

Então se houve um mestre Zen foi o Tati, mas foi um contato breve.

O truque inicial é autocrítica. E eu tenho bastante. E eu sempre tive a mente aberta para entender a crítica feita pelos amigos.

Além disso, paciência, persistência e curiosidade.

Eu comprei vários livros e  jogo de xadrez que é pescar trutas acaba te levando a um mundo de entomologia, teorias sobre o comportamento dos peixes, física, quimíca.... E tudo isso dirige o pensamento em maneiras de se construir e montar moscas de maneira mais eficiente.

Livros que li  e recomendo : Caddiesflies e The Dry Fly :New Angles de Gary LaFontaine, Fly Fishing Strategy de Swisher e Richards, Designing Trout Flies de Gary Borger e   Trout Fishing Techiniques John Goddard. Por que ensinam a pensar no projeto das moscas como um modo mas eficiente de pescar. Não simplesmente imitar...

Estudo intenso faz parte das disciplinas  "zen".

Estava a talvez dois anos sem atar uma mosca e estava com medo que não conseguisse produzir a quantidade, na qualidade e em especial as mosca de tamanho diminuto para o fim de temporada.

E comecei a atar devagar e com certa reticência  e agora estou fazendo compulsivamente. E as horas passam como se eu não estivesse ali e quando resolvo parar, quase sem saber como, existe uma pilha de moscas prontas a minha frente.

Apesar da minha escrivaninha parecer Stalingrado sitiada, as moscas estão boas e eu me lembro bem como fazê-las.

Talvez o ápice deste conto, que agora me dou conta,  zen budista acidental é tal história da jornada...

Sempre me achei um atador razoável, porque não existe limite para prática, para a variação dos materiais e para o quantas respostas pode obter se  sabemos quais perguntas fazer. 

E agora tendo que me dedicar a esta empreitada me dou conta que finalmente, mesmo depois de tanto tempo sem  ter praticado, sei atar moscas. Zen style.



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Um comentário:

Anônimo disse...

Valeu pela chautauqua (creio que assim estava escrito) no livro do Fedro...