Era um dia de tensão.
O contra relogio individual pode virar a tabela.
Um bom trialist pode recuperar dois ou três minutos perdidos nas montanhas.
E um escalador pode enterrar suas chances se não souber lidar o contra relógio.
Rasmunssen tinha um pódio garantido quatro anos atrás e implodiu no ITT.
A bicicleta é diferente. Alcança maior velocidade mas é menos habilidosa nas curvas.
O ritmo constante de pedalar, na velociade máxma para fazer o tempo possível.
Quarenta quilometros e meio. Um trecho em subida.
Cinquenta minutos de tortura.
Os ciclistas entram na pista na ordem inversa de suas classificações.
Primeiro vem os chinelo.
Bem cedo, o melhor tempo foi da excepcional passagem de Mikhail Ignatiev da Katusha.
No meio da ordem chegou Fabian Cancellara e cravou 48'33".
Melhorando o tempo do russo e parecendo invencível.
No últimos seis ciclistas entraram no circuito. A expectativa era saber o quanto Bradley Wiggins conseguiria recuperar. Quanto os irmãos Schlecks perderiam.
E o quão bom seriam os tempos de Lance Armstrong e Alberto Contador.
Wiggins entrou voando mas perdeu gás cedendo quarenta segundos para Cancellara.
Frank Schleck sofreu duras perdas e a menos que faça um milagre em Mount Ventoux, pode esquecer o pódio. Mais de um minuto e meio. Não foi uma volta ruim mas perdeu espaço para atletas que ele não vai conseguir recuperar no Ventoux.
Armstrong não é o mesmo Armstrong mas deu uma amostra de sua força e técnica. Cansou no final, mas voltou ao pódio da CG, e deve chegar pelo menos em terceiro em Paris.
Andy Schleck pedalou para salvar a sua vida. Para ter o pódio, talvez uma chance a maillot Jeune e consolidar a Camisa Branca. Foi muito, muito bem. O alpinista conseguiu perder somente oito segundos para Armstrong e um minuto para Wiggins.
Com o maciço provençal daqui a dois dias, ele parece estar garantido no pódio.
E nos sobra Alberto Contador. Com sua nova bicicleta para contra relógios e um treinamento especial para se igualr aos melhores. Para estar preparado para ganhar o Tour. Para provar que ele é o melhor ciclista do genêro do mundo. Ele já tinha vencido o titulo espanhol, fez excelente atuação em Mônaco e defendendo a camisa amarela e tinha que lutar pela honra de vencer esta importante etapa. O tempo de Cancellara parecia imbativel.
O suiço talvez não tenha forçado tanto quanto podia no inicio do circuito e usando todo a sua força no trecho final.
Contador, com o benefício de já saber como os outros reagiram ao percurso saiu voando desde o inicio. E mesmo não tendo uam ação final tão forte quanto a de Cancellara, algo que ninguém tem, conseguiu a vitória na etapa.
Aumentou sua vantagem sobre o Schleck para mais de quatro minutos e encerrou a discussão.
Um show de Alberto Contador.
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