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domingo, 22 de novembro de 2009

Feira do Livro de Porto Alegre - post retroativo

Anos trás, que o meu pai dizia ser uma redudância, eu decidi que todos os anos se possível eu iria a Feira do Livro.

A Feira é uma instituição aqui de POA. Um acontecimento cultural e social. E sempre havia a promessa de encontrar algo muito barato.

Meu objetivo era tentar consertar a minha puca propensão a ler livros. O tal hábito da leitura, que dizem é uma razão porque certos países são mais desenvolvidos, não é o meu forte.

Sim, sou um poço de ignorância. Sofro com isto. Qualquer um pode perceber lendo este blog.

Mas sendo eu quem eu sou. Um pouco nerd propenso a surtos depressivos.
Um amante da pesca e um degen. Sou uma pessoa que precisa ler bastante.

A qualidade da leitura é que questionável.
Bulas de remédio, quadrinhos, livros técnicos ou crônicas sobre pesca, poquer e corrida de cavalos.
Leio muito, mas sigo inculto.

Pior ainda com a internet podcasts, blogs e páginas de internet
O que pior pode ser do que ser um ávido pesquisador da Wikipédia.

Se cultura inútil contar, eu sou culto.
Se gibi contar, eu sou um erudito.

Mas nâo acho que é o suficiente.

Bom, meu plano é o seguinte.
Todo o ano eu iria a Feira do Livro, iria comprar um livro e ia lê-lo. Fazendo assim que eu lê-se pelo menos um livro "inédito" por ano.
Para evitar que a releitura de Watchmen e O Cavaleiro das Trevas aumentasse muito a minha média.

A média de livros lidos anualmente por pessoa na região Sul do Brasil é aparentemente 5,5 livros segundo uma pesquisa do Ibope que não vou perder tempo procurando referência. Já e´pouco. e a média nacional é 4,5 é pior ainda e a minha é ainda pior. E vou omitir meus números para não cair mais ainda no ridiculo. Como os piratas nas histórias do Asterix.

Talvez eu devesse incluir as releituras de Watchmen no meu average, por razões de autoestima. Pessoas que relêm a Divina Cómedia ou Shakespeare infinitas vezes são tidos em alta consideração.
E Watchmen foi escolhido como um dos melhores roamances da lingua inglesa publicados pós-1923 pela revista Time e algum li em algum lugar que não lembro que era considerado o "Ulisses" dis quadrinhos.
Como não li o livro de James Joyce e se tivesse lido é provavel que não entederia. Não sei o que isso quer dizer.
Mas pelo menos sei que Ulisses foi escrito por Joyce.
Ah ! Ele era irlandês, o que sempre conta a favor na minha cartilha. Os irlandêses é um povo que gosta de beber, apostar, cavalos de corridas e flyfishing.

Uma vez falei do meu pretensioso objetivo de ler ao menos livro novo todo ano para um amiga ela meio que rindo da minha cara disse:

"-Só um !"

"-Negra, tem anos que nem isso...", repliquei triste ao constatar minha ignorãncia.

E pior de tudo é que eu compro os livros.
Estão aqui emplihados, sem nunca ter sido tocados e comprados por preços excelentes : Sam Shepard, Woody Allen, Shakespeare e Cervantes. Entre outros.

Um dia eu abrirei o Quijote, en español, aquela edição comemorativa que tava de barbada.

E o Ricardo III, pocket book, por supuesto.

È claro que estas tal médias, como toda as estatisticas são traiçoeiras.

Obviamente paises com baixíssimo nivel de desenvolvimento humano terão baixo nivel de leitura.
Eles não tem o que comer. O analfabetismo é alto. Vão ler o que.
Pode entrar no paradoxo do ovo e a galinha.
Leitura mede desenvolvimento mas não mede a qualidade deste desenvolviemento.

Obviamente é melhor tê-lo do que não.
Só estou tentando salvar minha ignorante face.

E vou jogar sujo para conquistar este objetivo.

Os argentinos são ávidos leitores e olha a merda que ta lá.

Os americanos são maiores consumidores de livro do mundo, acredito que não por capita mas em volume, e vai lá olhar as porcarias que estão na lista de topsellers do N.Y. Times.

Oprah Winfrey é uma das maiores referências culturais americanas a mediada que ela recoemnda livros em seu programa de t.v e bota um selo do tipo Oprah Book Club que faria até um rolo de papel higiênico usado vender milhões de cópias.

Na verdade, é bom que isto aconteça.
Desprezando o lucro envolvido por ingenuidade e se apegando no fato que é melhor ler alguma coisa do que nada.

Mas realmente, apresentadores de talk shows, por mais admiráveis que sejam não deveriam ser tão importantes na cultura de um país.

Voltando aqui ao nosso pobre Brasil.
Certamente a média subiu bastante nos últimos anos com as vendas do nosso imortal da Academia Brasileira de Letras, Paulo Coelho, livros espiritas , de auto-ajuda além de Harry Potters e vampiros. Se cada pessoa além destes livros ler um Machado de Assis, tá valendo.

Tô muito fora do esquadro.
Tudo isso começou por causa da |Feira do Livro, tentei justificar o injustificável e nem falei que comprei um livro de barbada na Feira e, incrivelmente, já li.

Tristemente, não é Machado de Assis.
É sobre corrida de cavalos , em inglês.
Mas é melhor do que nada. Alías é muito bom livro, vou ter que fazer outo post para falar dele.

E o melhor de tudo é que já estou na minha cota pessoal preenchida e se eu ler mais um livro até dezembro dou um salto nas estatísticas.

Em 2009, a Feira do Livro causou efervecência cultural nos escritórios do TTKOS.

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