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quinta-feira, 3 de abril de 2008

O melhor dia de pouca pesca da minha vida ! (parte 4)

Parte 1 - Parte 2 - Parte 3.


Estavámos eu e o brilhante Beto Saldanha já alimentados e um pouco mais secos e portanto prontos para voltar a atacar  as trutas, que para meu deleite seguiam incessantemente subindo para comer.


O rise estava diferente e identificava que agora não eram mais emergers e sim duns que as trutas comiam. Mas eu não enchergava os insetos para identificar e fazer o que os americanos chamem de "match the hatch". O reflexo causado pela chuva e a pouca luz prejudicava a visualização mas uma coisa era certa se não dava para ver era porque não eram insetos grandes. Para a próxima pescaria estou levando um binóculo, daqueles pequenos. Que teriam me  poupado um tempo valioso já que  eclosões são eventos limitados em tempo.


Tentei o velho tentaiva e erro. Botei a menor Adams Parachute que eu tinha. Arremessava rio acima  e deixava a  mosca  a deriva na apresentação mais natural o possível dentro dos limites das minhas habilidades. E não posso afirmar que isto era o suficiente porque o arrasto e o micro-arrasto causado pela linha  que dá pistas para uma truta educada que se trata de um imitação. Eu tinha a impressão que a técnica era  suficientemente boa e pensando em retrospecto e puxando aum pouco a brasa para minha sardinha, a chuva encobria os defeitos da minha apresentação.
Eu areemessava   e a minha isca passava a centimetros de peixes que subiam para comer. Me ignoravam, em esprezavam e faziam pouco de mim. Se eu botasse a minha orelha dentro da água ouviria as gargalhadas das trutas ecoando rioabaixo.


O problema então  era a mosca.


Após uma talvez um hora de frustração resolvi um jogada de risco. Gamble. Me desloquei dentro do rio para poder enchergar as moscas. O risco era que o deslocamento do minha nada desprezível massa geraria um empuxo que assustaria  as trutas que antes que eu chegasse a dez metros da onde elas estavam elas já estaraim de malas prontas para férias a sombra do vulcão Lanin. Iriam rio acima, comer um presunto de javali na Hosteria San Huberto, como o  saudoso Beto Saldanha fazia na época em que Gustavo Olsen era um moleque.
Sorrateiro e cuidadoso cheguei perto o suficiente de uma drift line, parte da correnteza para  aonde converge o material flutuante e por isso aonde poderia ver os insetos que lá derivavam. E lá estavam como uma flotilha em miniatura. Mayflies, cinzas, com suas asas foscas, cor de chumbo. Pareciam iron duns. Minusculas. Tristemente minusculas. Pois olhando em minhas caixas só que eu encontrei. Eram umas cdc duns atadas em anzol 18. uma mosca pequena atada com plumas da sambiqueira do pato que são impermeabilizadas pelo sebo das glandulas dos patos ( razão que elas não absorvem água e ajuadam o pastos a flutuar, alías CDC - cul de canard).
Eram  pequenas o suficiente. Mas CDC e um material frágil. Após uma truta lhe babar, mosca perde flutuabilidade e o movimento natural das micro plumas. 


O tempo urgia. E eu estava reduzido a minhas últimas tentativas.


Esperei um pouco antes de fazer o arremesso, para reduzir o impacto do meu deslocamento.


Respirei fundo. Arremessei. Iniciei o drift rio acima e vim manipulando a mosca que derivou cada centimetro daquela zona.  Cada segundo  era eterno. Cada metro, um hectare. A mosca pssou pela minha frente e nada e coemçõu a descer o rio. Quando se aproximou do ponto em a esperanças estavm perdidas pois se tornaria impossível pegar algo e eu teria que começar o meu mártirio de novo.


Glup !
Uma pequena bolha se ergue no rio.
A minha mosca fora tomada por uma trut. Este seria o ponto que dizem os americanos que all hell broke loose. Mas na verdade não. Como diz Lefty Kreh, ningúem morre do coração brigando com uma truta. E esta era bem pequena. Mas  a jornada meus amigos. Nas duas ou três horas qe precederam eu pegar esta truta eu cresci como pescador. Me tornei um flyfisherman. Resolvi o quebra cabeça mais divertido conhecido pela inteligência humana. Ativei os atavismos das origens caçadoras da humanidade. Eu era um predador agora.


Nesta contradição entre os sentimentos primitivos e  sofisticados...
Eu estava incrivelmente feliz..
E tudo que eu havia feito fora pescar uma truta.




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2 comentários:

Anônimo disse...

Tinho...parce que eu estava junto ao ler tua linda descriçao sobre tua quase façanha...praticamente como ganhar uma corrida de cavalos sem entender dos adversarios...
adorei

Anônimo disse...

"Um homem tem que fazer o que ele tem que fazer"
Frase de Johnny comunello