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sexta-feira, 6 de março de 2009

Watchmen- Doomsday is upon us


Fui ver a adaptação de Watchmen, gostei muito mas com reservas. Se é que você me entende...( Como dizia o grande VJ Thuderbird !)


Vejamos se eu consigo me explicar.


O filme é , nos meus leigos olhos e ouvidos, visualmente e sonoramente impecável. Tem alguns deslizes de conteúdo.


Como fã da graphic novel é um prazer ver o universo tomar forma em carne e osso e imagens geradas por computador.


Mas este presente para os fanboys, que poderão rever o filme várias procurando referências do gibi, poderá atrapalhar a maioria da pessoas. Pessoas que não possuem este relacionamento com a história e podem se perder com a quantidade de informações que o roteiro oferece para fazer a história engrenar.


Quanto a história é 90% gibi. 5% omissões e simplificações , 5% contribuição dos cineasta. Eu sei que parece injusto considerando o quão complexo é fazer uma produção destas,


Li em algum lugar uma questão interessante, o quão talentoso é de fato Zack Snyder, como cineasta, se o seus maiores trunfos é dar movimento a criatividade da visão outros artistas.


Tecnicamente fabuloso Watchmen o filme e a transposição para outro meio da obra de arte de Alan Moore e Dave Gibbons e como já fora 300, em relação a obra de Frank Miller.


(Spoilers).


No terreno das omissões e simplificações foram excluídas certas coisas e se tomou certos atalhos na história.


Atalhos estes que ajudam a chegar mais rápido ao destino mas às vezes passam pro lugares menos bonitos. O cerne da história está lá.


A mudança que mais desagradou no foi nem tanto a eliminação do "alien" e sim a confrontação com Veitch no final. Ainda que seja interessante apontar "a nova Utopia de Veitch" é baseada em subterfúgio que tenta simplificar "a natureza humana". A confrontação encenada por Moore é mais interessante. ("No fim. Nada chega ao fim." Frase que depois é citada.)


A cena original é muito mais impactante.


Talvez o pior pecado do filme seja algumas cenas deselegantemente e exageradamente"gráficas" em matéria de violência.


A cena dos cães brigando pelo osso é o melhor exemplo disso. Faltou a Snyder a capacidade de chocar de forma um pouco mais implícita como Moore/Gibbons


As cenas de lutas, totalmente sintonizadas com o padrão dos filmes de ação da atualidade, ferem de forma burra a proposta que permeava o gibi. Que a excessão de Dr. Manhattan, os heróis são humanos.


Nite Owl entra em forma muito rápido para um cidadão de meia idade e por mais bem preparado qee Ozymandias esteja, não poderia ter ficado tão forte para atirar pessoas vários metros como se não pesassem nada.


O produto final é menor que a obra que o originou. Algo que não me surpreende nem me decepciona. Watchmen é um filme legal, meio longo, mas cool..


Obviamente as simplificações teriam que acontecer para poder comprimir a história em um filme mesmo que razoavelmente longo. Ou seja, o dvd box vai vircheio de surpresas, uma das especulações é que os Contos do Cargueiro Negro. Um gibi dentro do gibi vai ser transformado em gibi de fato.


Os atores~, em gral estão bem. Só não gsotei meuito do cara que faz Ozymandia. Mesmo que este se esforce para representar o arrogância do herói megalomaniaco, ele é meio sonso. Billy Cudrup faz um bom Dr. Manhattan. Mas é um personagem que não permite grandes arroubos. Malin Ackerman no papel de Silk Spectre, pisa na bola na sua única cena dramática mas está muito bem fisicamente tanto como uma vigilantenas cenas de ação quanto pelo fato que ela é uma baita gostosa. Os melhores atores estão com os melhores papeis.


Comediante, Rorschach e o "Coruja" são eu diria até, estão muitos bons.


Surpreendentemente, Patrick Wilson faz do Coruja/Nite Owl um dos pontos altos do filme em contraponto ao Comediante de Jeffrey Dean Morgan e o Rorscach de Jackie Earle Haley. Que tem personagens bem mais extravagantes.





Rorschach.


A única vantagem do filme sobre os quadrinhos, uma vez que o primeiro abriu mão de ser graficamente original para fazer a transposição mais próxima o possível do original é o som. (A cenografia, por exemplo, era um dos grandes trunfos dos Batmans de Tim Burton;


Som, obviamente só existe no gibi na cabeça dos leitores. E mesmo considerando que a seleção musical vem também de Moore.


( O gibi tem várias seqüências montadas como um storyboard. O filme usa estas marcações a risca. E no gibi, Moore enchia as cenas com citações musicais. )


O efeito das músicas sobre as cenas é fantástico. É aonde o filme é brilhante do jeito que o gibi é.


Talvez me falte mais entusiasmo porque eu conhecia a história.


Talvez quem nunca tenha lido o gibi fique gratamente surpreso com a grande história de Moore. Temo que as pessoas que não conhecem a história não consigam perceber a riqueza do material. O roteiro me parece um pouco ataboalhado no inicio.


No frigir dis ovos,o grande trunfo do filme não vai creditado. Já que o escritor do gibi, Alan Moore, abriu mão das royalties em nome do desenhista Dave Gibbons e não quer saber de nenhuma relação com o filme. Que é muito próximo do gibi, do que ele criou com suas palavras.


O melhor do filme é o gibi.


A história e até os diálogos criados por Moore e o visual criado por Gibbons.


A grande contribuição de Snyder é ter sido corajoso e não capitular e fazer uma adaptação pasteurizada para ganhar dinheiro. Arriscando o cacife que ele adquiriu em "300" produzindo um filme violento com cenas fortes e que levou um R-rated, para maiores de 17 anos ou estes acompanhados de maiores, o que restringe demographic target e aumenta o risco de fracasso financeiro. Tudo para manter a integridade da adaptação.


Dave Gibbons, agradece e felizmente esta sendo festejadíssimo pela promoção do filme. Apesar de ser selling out é uma boa coisa pois é o reconhecimento de seu talento. Quem sabe não pinta um filme de Give Me Liberty, clássico de Frank Miller e Gibbons.





Malin Ackerman, somente para provar o meu argumento.

Um comentário:

Ico West disse...

do zeca é apenas o Tinho. mas é forte. te admiro e torço por ti. Claro que menos o GREMIO>