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sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Reparos de Micro Vazamento Waders Breathable Usando O Método Sem Rosto

Primeiro passo : dar uma googlada.


Para achar umas sugestões de como atacar dois problemas básicas do reparo do wader.


Identificar furos e como remendá-los.


Como se tratam de micro furos em waders breathables. Rasgões, costuras abertas e remendos não são o objeto deste texto.


Os microvazamentos são invisíveis. São decorrentes de perfurações na membrana mas as vezes o tecido externo é trespassada sem deixar vestigios quando se trata de uma punção através da malha.


Uma vez que eu tinha colidido com um arbusto cuiudo de rosa mosqueta deveria haver várias dessa punções para identificar.


As sugestões da internet eram :


O clássico, encher de água e ver aonde vaza.


Usar a saída e ar de um aspirador de pó para encher o wader com um balão em uma variação do mesmo tema.


Usar uma lanterna.


Spray de rubbing alcohol.


soluçao.JPG


O bom e velho álcool isopropilico. Em vez da solução 50/50 que uso nos meus monitores.


Aumentei a concentração de álcool para 70%


O método da agua que sempre usei com os meus waders de neoprene não é uma boa opção.


Para começar porque moro em um apartamento pequeno e a molhaçada seria dureza.


Devido a grande quantidade de punções seriam impossíveis de marcar devido tal molhaçada.


Mas a principal razão é que enquanto neoprene é robusto e elástico e assim pode ser inflado com menores traumas, os waders breathable são sensíveis ao tensionamento, podendo romper a malha da membrana interna que tem a função de respirar/transpirar.


Então esta via foi abandonada a 15 do primeiro tempo.


O meu aspirador não tem modo reverso então abandonei também.


Imagino que com poucas punções, seja uma técnica usável.


Fui pra lanterna.


Peguei uma lanterninha de leds que comprei nos camelôs de Torres. Não é a melhor lanterna do mundo e´é provável que não seja a ideal para o serviço pois possue vários leds. Ou seja, vários focos de luz.


A técnica sugere que se deve trancar em um ambiente escuro e passar a lanterna junto ao tecido interno do wader e esperar um facho de luz vazar.


Não deu certo para mim. A membrana do wader não é muito espessa e na escuridão com os feixes junto ao tecido transluziam.


Não foi possível identificar os furos com essa técnica. Talvez em um wader com mais camadas de tecido ou seja feito com tecidos definitivamente opacos ou waders mais grossos.


Outro problema é marcar lugar da punção no escuro. Bom se tivesse funcionado talvez a escuridão não fosse problema.


Então vamos ao tal rubbing alcohol ou álcool de fricção.


Algo comum nos esteites e até aonde eu sei totalmente incomum por estas bandas.


Trata-se de um solução de álcool isopropilico ou etanol e acetona usado a esfregar em juntas e músculos doidos para aliviar dor muscular ou das articulações. Uma procura no google deu em nada então nem me dei ao trabalho de ir a farmácia e pedir o tal álcool de fricção. Termo que encontrei na internet em páginas lusitanas.


Como tenho sempre álcool isopropílico a mão para limpar telas de lcd, discos ópticos, lentes e circuitos eletrônicos. Esta era a minha melhor opção, c certamente eu teria usos mais nobre para álcool etílico.


Abandonei a idéia da acetona e fiz uma solução três partes de isopropanol e duas de água destilada. Umas das minhas preocupações é o álcool dissolver a película repelente a agua do wader. Estes materiais transpiráveis possuem em sua camada externa de tecido m tratamento químico impermeabilizante que reforça o isolamento à água e permite melhor dissipação do vapor gerado pelo corpo através da membrana transpirável, os gore tex da vida.


espraiando.JPG


O wader virado do avesso é embebido pela solução de álcool com um spray.


A´técnica sugeria um suave névoa de álcool borrifada na superfície do tecido.


Mas como deveriam haver tantas perfurações que o wader iria o wader iria ficar embebido em álcool.


Botei a solução em spray e ai vem um dilema. Por dentro ou por fora ?


Em um site dizia por dentro e em outro for fora. Testei os dois métodos em um pequena área experimental


Minha conclusão, por dentro é melhor.


Por fora, além de expor mais da impermeabilização ao álcool, os vazamentos ficavam pouco visíveis mas eram perceptíveis.


Mas como desde o inicio, se fosse bem sucedido o reparo dos vazamentos, eu iria lavar wader, já um pouco encardido da pescaria e aplicar TX Direct da Nikwax para recuperar a impermeabilização.


O que é recomendável. De modo que se em seu wader for mas fácil de identificar borrifando na camada externa, sempre dá para recuperar um pouco da impermeabilização.


Mas virando o wader ao contrário é funciona muito bem.


Foi assim que fiz.


Borrife uma névoa da solução de isopropanol no tecido na zona aonde o wader estava vazando.


Desvire o wader e observe. O álcool vai começar a passar pelas punções e fica fácil identificar a zona que deve ser reparada.


identificafuros.JPG


O álcool começa atravessar de dentro para fora pelos vazamentos e criam uma mancha ao embeber a superfície do tecido.Ficando fácil de identificar o furo.


Para marcar o local do vazamento resolvi marcar com hidrocor para não ficar vestígios depois que eu lavasse o wader.


Pura estupidez. O álcool que vazou acabou borrando todo as minhas marcas.


Mandei as favas a´preocupação com o visual e passei a usar uma caneta marcador permanente. Para poucos furos não é problema, mas se você abraçou uma roseira é ruim.


O meu wader ficou petit pois. Sugiro uma caneta com tom parecido ao tecido externo para minimizar o problema.


Segundo passo. Escolher o adesivo.


O melhor é usar as marcas boas. The good stuff. Tenho um tubo de Seam Grip que venho com m wader Patagonia (marca high end para que não sabe) que resolvi economizar. Outra marca premium altamente recomendável é Aqua Seal.


São adesivos de forte aderência e boa flexibilidade. Demoram algum tempo para curar mas são o melhor que se pode usar.


Como eu não queria usar o meu good stuff que iria se acabar com tanto furos, parti para uma alternativa.


A 3M tem um adesivo a base chamado Scotch Flex. O Beto Saldanha me disse que tinha usado com muito sucesso para remendar wader e um produto de boa qualidade que se encontra em qualquer supermercado. Talvez algum adesivo para remendar vinil de infláveis também seja uma boa alternativa.


A minha experiência é que o Scotch Flex não produz um "remendo" tão robusto que o Aqua Seal. É menos flexível e forte mas cumpre a tarefa muito bem.


Um problema do adesivo que eu escolhi é que ele escorre um pouco antes de curar em ponto de trabalho.


Então para evitar este problema e aplicar o adesivo direto do tubo no tecido que criei um sistema moldes para os pontos de cola.


moldes.JPG


Que uma fita crepe e usando um perfurador de papel, vazei um circulo a fita. Posicionei estes pedaços de fita com os furos sobre os locais aonde eu havia marcado os vazamentos.


No inicio usei um daqueles furadores de dois furos que se usa me escritórios para anexar folhas avulsas em pastas arquivo.


Péssima idéia. A fita ficava grudando no furador.


Mas eu não ia gastar dinheiro em outro furador sem saber se o método era eficiente.


tecnologia.JPG


Um boa idéia feita do jeito mais complicado. O uso do firador de dois furos.


Mas te digo que é deverás irritante. Quando descobri que a trinta metros da minha casa, vendiam aqueles one hole punch pro menos de dez reais. Comprei na hora.


detalhe molde.JPG


Os moldes de fita crepes são posicionados no avesso do wader nos pontos foram identificados os vazamentos.








A decisão é usar por dentro. Porque os remendos ficam protegidos ao atrito.


Aqui é que a coisa fica interessante, pois todas as decisões tomadas foram razoavelmente sensatas.


Porém, administrar o spray no avesso, desvirar o wader para marcar os vazamentos na parte externa e depois virar de novo do avesso para identificar esta marca na parte interna aonde se pretende aplicar o adesivo é simplesmente estúpido. A melhor decisão não é muito prática. E esta é toda a beleza do método sem rosto.


muitos furos.JPG


Muitos, muitos furos.


Como o meu wader fora transformado em um filtro pelo arbusto de rosa mosqueta. Eu teria, para piorar as coisas, que fazer este procedimento varias e várias vezes.


A tinta borra externamente e deixa aparência feia, o que não chega a ser o maior problema. O problema é marcar o lugar do vazamento na parte interna.


Para diminuir o problema com a marca de canetas e com a identificação do lugar do vazamento na parte interna. Pois se eu botava o molde diretamente e depois virava o wader ao avesso, alguns moldes adesivos podiam soltar.


Os laboratórios TTKOS desenvolveram um grande avanço tecnológico em benefício do Método Sem Rosto. Ímãs.


Com o auxilio de dois ímãs circulares de pequeno diâmetro que eu tinha nos meus alfarrábios. Coisas que vieram em um prendedor de geladeira.


Foi possível correr um ímã com a mão por dentro do wader até o ponto sob a marca externa do vazamento e colocar outro ímã e fixá-los de modo que é possível desvirar o wader para colocar o molde de fita crepe para posicionar o adesivo.


tecnologia2.JPG


O uso ímãs tornou o processo mais seguro e limpo.


Antes de usar o adesivo eu passava na zona a ser aplicada um algodão com álcool isopropilico para retirar gordura e outra impurezas que impedem a fixação do adesivo. Se for fazer isso é importante só aplicar o adesivo quando o tecido estiver bem seco,


Assim, passei a simplesmente o adesivo sobre os lugares demarcados.


Em alguns segundos o adesivo começa a curar e se ele ficou mal posicionado pode ser alisado. Eu costumo embeber a ponta do dedo em saliva ou se tenho em casa em detergente para maquina de lavar louça. Assim é possível trabalhar o adesivo sem que este pegue na pele.


Após secar o adesivo é só retirar, cuidadosamente a fita. Puxando no sentido horizontal e não puxando para fora e se precisar, calce o remendo com um dedo. Para evitar que a retirada da fita tire o remendo.


Vualá !


detalhe remendo.JPG


O Método Sem Rosto permite sem dúvida um remendos discretos.


Talvez não prestem. Mas fica asseado.


Cento e poucos remendos feito com precisão cirúrgica.


A aparência não é das melhores. Mas acho que salvei o wader. O problema é ver se adesivo escolhido vai segurar os remendos quando passarem a sofrer atrito e ao trabalho devido a flexibilidade do tecido.


Mais um exemplo de como o Método Sem Rosto tem um jeito complicado de resolver o seu problema.


Quais são as conclusões desta épica tentativa, aparentemente bem sucedida de salvar um wader.


Talvez seja melhor dar perda total num caso como o meu. Foram mais de 120 remendos.


O melhor talvez seja comprar outro wader.


Mas para poucas perfurações, a técnica é muito boa. Tanto que já incorporei a tralha a fita crepe, os ímãs, perfurador e o spray com o onipresente álcool isopropilico.


MAS se aplicação do álcool pelo lado externo tivesse sido eficiente em identificar os vazamentos, esta seria melhor solução. Pois dai era só virar do avesso. Marcar e aplicar o vedante.


E o tratamento impermeabilizaste tem quer de qualquer modo recuperado após a lavagem.


Um pequeno percalço no inicio da viajem me fez andar o caminho mais longo. Uma característica comum do Método Sem Rosto para complicar a vida do pescador a mosca.


Uma última dica. Evite os arbustos de rosa mosqueta, obviamente.


Um comentário:

Anônimo disse...

Para que tanto trabalho???????????
Nao é mais facil jogar esta porcaria fora e comprar outro????
Tanta parafernalha, parece que esta planejando o fim do mundo...
Para de ser mao de vaca e compra um novo rapaz !!!