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terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Gary Loomis sabe tudo.....

Gary Loomis, boys and girls, é um extra classe.


Foto sugada do tackletour,com aonde tem um boa entrevista dele.

Qualquer pescador mais encarnado e certamente qualquer flyfisherman ou alguém que tenha visto algum catálogo americano de material de pesca já viu e quis ter uma vara G.Loomis.

Em meados da última década do século passado, pessoas do meu circulo social faziam loucuras pra ter uma Loomis.

Evitarei citar os nomes para lhes poupar da humilhação. Ou da ira de suas esposas, que imaginam que as varas montadas pelo Gregório em blanks da Loomis custam menos de 150 reais, saibam da verdade e descubram o quanto seus maridos investiram em material de pesca nos últimos anos.

Já o tal sujeito que devo poupar do rídículo é um certo médico portoalegrense que botou uma vara south bend de 100 reais em tubo, declarou na receita e foi para um visita com a sua esposa da época para Nova Iorque e Ontario. Comprou o que na época era o Santo Graal das vara de fly, uma GLX e botou no tubo aonde levara a South Bend que, com sorte, virou o caniço de uso algum feliz funcionário de hotel.

Tanto se valorizava tal instrumentoq uma G.Loomis, devo repetir. que quando tocou o alarme de incêndio do hotel, o sujeito agarrou o caniço.
Se virou para a futura ex-esposa e disse:
"- Vamo nessa !".
Enquanto eles desciam as escadas, ele agarrado tão somente a sua mais valiosa possesão e a mulher necessitando usar todos os seus street smarts escadaria abaixo, por que "she was in her own".
20 andares ou coisa que o valha depois chegaram esbaforidos ao térreo para descubrir que era "rebote farso", como dizia o Pedinho Nunes.

Algum sujeito estava fritando um bife no quarto de hotel o que levou o alarme a disparar e causou todo o deusnosacuda.

Partes desta fábula são inventadas, mas mostra o quanto uma G.Loomis, uma G L X era importante naqueles tempos.

Não tenho certeza o que o cara estava fritando no quarto. Do resto, o relato é bastante preciso.

Se voce não um é pescador e mesmo se for um pescador, mas não muito conhecedor do mercado pode não ter a menor idéia de quem é Gary Loomis.
Por isso o TTKOS é generoso em me dar este espaço e reparar esta falha de sua cultura.

Esta semana finalmente ouvi o podcast do Itinerant Angler com a entrevista de Gary Loomis.

Itinerant Angler é um belo esforço de um cara chamado Zach Matthews de trazer mais informação sobre flyfishing na internet em uma midia menos explorada, o podcast.
Suas entrevistas nem sempre boas e nem sempre os seus entrevistados são interessantes.
Mas os episódios com Charles Jardine, Davy Wotton, Ted Juracsik e Lefty Kreh realmente valem a pena. É em inglês e nem sempre da pra entender tudo, especialmente o sotaque galês de Wotton. mas o bom do mp3 é que da pra dar pause e voltar.

Mas tive que tirar o chapéu para Loomis, que é articulado, divertido e tem uma história sensacional cara contar.

Uma história rica que mesmo quem não pesca pode admirar. E que resolvi repassar aqui alguns trechos.

Ele passou a montar varas por sua loucura pela pesca de steelheads. Quando descobriu que só conseguiria pegar as truchas de acero usando linhas mais finas e que estas nunca resistiriam a pressão de um steelie em uma vara normal. Ele, mecânico industrial de formação, em suas própias palavras, entendia de ferramentas. Ele então comprou uma vara de fly adaptou um cabo para estender seu comprimento e por 50 dolares ou menos, fez uma ferramenta melhor.

E todos os dias que a lei permitia ele, oregoniano de nascimento mas morador do vizinho estado de Washington, mas precisamente na cidade de Woodland, ia ao rio e invarialmente pegava a sua cota de steelies. Enquanto os outros pescadores a sua volta seguiam sapateiros.

Até que um dia um dos caras que pescavam no rio com ele, não aguentou e veio saber como era possível.

Exitante, Loomis lhe falou que era a linha e a vara.

Mas a vara não existia. Só ele tinha , razão pela qual o sujeito ofereceu 100 dólares pela vara.

Loomis disse que era impossível já que ele tinha que pescar no dia seguinte.

O sujeito ofereceu 200 dolares e Loomis disse:

"Deixa eu tirar a minha carretilha."

Saiu correndo da beira do rio. Comprou o material e montou outra vara igual. Quando chegou para pescar no dia seguinte tinha um cara estacionado na vaga em que ele sempre deixava o seu carro.
Algo que todos nós sabemos é extremamente irritante
Estacionou ao lado e do outro carro saiu um sujeito querendo saber se era ele o cara que vendia caniços.
Gary disse que não e explicou que não poderia vender sua vara já que ele tinha que pescar. O cara puxou 200 dólares e Loomis disse:

"Deixa eu tirar a minha carretilha."

Como ele tinha o seu emprego ele ensinou a esposa a montar a varas especiais e em pouco tempo ela ganhava mais vendendo as varas do que ele como mecãnico.

Perguntado de como era possível lidar com esposa e filhos, uma vez que ele era enfático em dizer que ia pescar todos os dias.
Disse que trazia ela junto, ficava no carro lendo nos dias menos agradáveis ou aproveitava as belezas do northwest.

" What a gal !", diria eu.

Loomis começou a trabalhar na Lamiglas e acabou sócio. Faziam varas em fibra de vidro e ele começou a se especializar no assunto.

A fabrica não conseguia atender a todos os pedidos porque só tinha uma mesa para empacotar as encomendas.
Surpreso com a resposta irritada da moça da expedição, ele saiu no pátio da fabrica e conseguiu material para montar mais duas mesas.

E em pouco tempo o faturamento da fabrica aumentou incrivelmente.
Como funcionário da Lamiglas ele conheceu em uma feira as varas de grafite da Fenwick, a primeira industria a trabalhar com o material.

Vendo a leveza e força do material voltou para Washington dizendo que eles tinham que investir naquilo.

Mas pouco ou nada existia de informação sobre o assunto e a Lamiglas não ficou interessada.

Ele queria fazer sua própia empresa mas não sabia nada sobre grafite.
Entrou no carro e cruzou o estado e foi para frente da fabrica da Boeing e passou a perguntar aos funcionários saindo do expediente se alguém sabia algo sobre fibra de carbono.

Nada.

Até quem sugeriu o pessoal da engenharia.
Foi para porta da saída dos engenheiros e cada um saia ele perguntava se sabia algo sobre fibra de carbono.
Até que achou um cara que sabia tudo. Um dos quatro únicos engenheiros de material que existiam no planeta terra nos meados da década de sessenta.

Loomis grudou no sujeito até conseguir fabricar as ferramentas e selecionar o material que o permitiriam fazer caniços de grafite de alta qualidade.

Levou seus primeiros produtos para uma feira de pesca dizendo que seus caniços poderiam erguer um peso morto de massa considerável sendo usadas como alvanca direta.
Ninguem deu muita bola, apesar do interesse com o novo material.
Até apareceu um sujeito alto e forte que disse que era impossível. Que a vara iria quebrar.

Loomis reconheceu o sujeito, era nada menos que Ted "the kid" Williams, lenda do baseball.
The perfect splinter era um ávido pescador e sendo um dos maiores peloteiros da história, era também sujeito ideal para ter como cliente.
Loomis desafiou ele com uma aposta e aposta e voz erguida de ambos fez juntar uma pequena multidão para ver o desafio.
Wiiliams obviamente tinha força para erguer o peso e supreso ao ver que o caniço não quebrara, gritou:
"This is a hell of a rod!"
Teddy Ballgame comprou tudo que Loomis tinha para vender e fez algumas encomendas e o impacto do feito fez a G.Loomis sair daquela feira com mais encomendas que poderia atender.

Foi o inicio de uma firma que durante trinta foi líder mundial no seu setor.

Em 1997, Loomis foi diagnosticado com câncer de próstata e foi aconselhado a vender os bens que seus filhos e esposa não pretendiam ficar.

Vendeu todos os seus négócios e a G.Loomis foi parar na mão da Shimano.

Ele permanceu na G.Loomis,como consultor até o ano retrasado, se não me engano, mas desgostoso com os rumos que gigante japonesas deu a empresa.
Se desligou da companhia que ele diz ainda ter orgulho de carregar o seu nome.

Felizmente, Loomis ainda tem saúde para trabalhar.

Como permanceu vivo e provavelmente tinha capital, se desligou do contrato que o impedia de atuar no mercado e montou uma nova compania a Northfork Composites e está dando consultoria a Temple Fork Outifiters, uam companhia que já tinha se associado a Lefty Kreh que parece ter a intenção de produzir produtos de boa qualidade e preço.

Achei uma entrevista em que Loomis conta mais ou menos a mesma história no site tackletour, é em inglês, mas da para sofrer os abusos da tradução automática do google porque são informaçõs relevantes. Parte 1 e Parte 2. E em inglês, 1 e 2.

Devo confessar que tinha certa implicância com as varas de fly da Loomis. Achava elas caras considerando o quanto era economizado na parte estética e achava que as varas de altíssimo módulo e pequena circunferência tinham a tendencia a quebrar mais do que deveriam e geravam varas de fly desagradáveis pro meu gosto por serem excessivamente rápidas.
Preconceito meu. Este era o perfil da GLX, e quem comprava uma sabia aonde estava se metendo.

E até para estes problemas, Loomis da boas explicações.

As varas são feitas de materiais de maior módulo pra serem mais leves. Pois peso é em sua opinião, o pior inimigo da eficiência. O custo é que se tratam de varas que são muito menos resstentes ao cisalhamento e que ao menor fratura estrutural quebram como um pailo quando submentidos novamente a stress.

E como a Loomis sempre fabricou seus própias ferramentas para produzir os produtos mais avançados acabam sendo mais caras.

E no final ele me ganhou ao falar de como discorda dos rumos da administração da G.Loomis que abandonou os rodbuilders que foram os seus principais colaboradores para passar varas prontas vendidas em big retailers como Bass Pro e Cabela's. E de como a parceira com os artesão que montam varas custom é o pulso do seu empredimento

Provavelmente não vou comprar nenhum blank da NorthFork no futuro mas me tornei um admirador do seu propietário..

Pescador fanático, emprededor de sucesso e inovador da indústria da pesca, o grande Gary Loomis.

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