Cachoeirão dos Rodrigues ameaçado por represa !
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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Pensamentos



Existe um acordo entre as partes envolvidas, uma que ama, mas que não consegue evitar infligir dor.


Outra que despreza mas eventualmente se deixa seduzir pelo oposto, sabendo da triste consequencia.


Ambos ligados pelo "vício do jogo", prometem humilhar sistematicamente um ao outro.



É a mais saudável das relações destrutivas e pelo menos um dos envolvidos pensa que se trata de esporte e alguns poucos destes elevam à arte.



Apesar da natureza unilateral desta união, ela funciona harmoniosamente dia após dia.


Talvez, porque uma das partes é um ser humano da nobre estirpe dos que pescam por esporte. Mas, principalmente, porque o outro é um peixe.



Os pescadores pensam em pescar a cada momento em que não estão pescando. Se organizam individualmente e em grupo e pensam em materiais e técnicas para enganar peixes.


Pensam em peixes para enganar e pensam em como usar estes materiais e técnicas para enganar peixes.


Pensam em pescar até quando não estão pensando. Em sonhos, onde pensam estar pescando.


Os peixes por sua vez, não pensam.


Os peixes se deixam levar por fome, ódio e por pura inôcencia que são instintos seus, uma vez que não pensam.


Eles não sabem o que fazem.


Deve existir então algo maior que o pensamento que os dirige as iscas, de encontro ao sacríficio.


Talvez sejam marionetes controlados por um ser superior. O pescador, que pensa, acha que é ele. E, divinamente, perdoa e devolve as águas o peixe. E devido ao muco dos peixes, lava suas mãos.


Sem saber, que por ser pescador, faz tudo isso sem pensar.



Outro daqueles textos do Jornal da Arpia. Com uma correção aqui ou ali, para a pontuação ficar "menos pior". Infelizmente, de lá para cá, o pouco que sabia sobre as regras de nossa lingua, esqueci. Então é possível que tenha ficado "mais pior"

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