Cachoeirão dos Rodrigues ameaçado por represa !
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quarta-feira, 29 de agosto de 2007

O pescador sem rosto: "Haunted by waters*".

Este ano o frio aqui no Rio Grande do Sul foi recorde.


Frio duradouro com bom regime de chuvas, que segundo notório Dr. Tita


Kroef, impulsionou umas ds melhores temporadas de pescade truta em


São José dos Ausentes.


E eu não pude uma vez sequer nesta temporada molhar o wader lá na no Silveiro.




Subir o morro no inicio da noite.


Aí o seu Olívio vem perguntar como foi dia.




Nota: o Seu Olívio nunca está nos fundos da pousada quando eu matei a pau.


Só quando a tarde foi de plantar bananeira pra pega uma mísera trutinha.


Ii.e. b.h. wooly bugger.


Uma cachacinha na losna do Chico, o pinhão e a boa comida da Nilda.


Tô com saudades do povo.


Do Irineu, do Iotti, do Fábio, do Fabrício, do Sapão e é claro do Ronaldo.


E do povo daqui da aldeia.


O Milão, Toti e o Tor não vejo a mais de ano (cuida do meu livro sueco!).


O Scottinho mais de dois !


O pior é esta síndorme de abstinência.


Meu organismo implora pela sensação de estar no rio.


O som das águas preenchendo todo o espaço.


Com meus olhos percebo a paisagem com se fosse um filme.


Eu apresento a mosca sem pensar mas com a consciência total.


Nem um pensamento me desvia do meu objetivo.


Não existe nada além da respiração e o batimento cardíaco do rio que se


confundem com o meus.


Eu controlo a vara como se fosse extensão do meu braço e a linha é como um longo dedo dentro sentindo a correnteza tentado lhe arrastar.


Estou a véspera de um grande acontecimento quando este ocorre.


Nem sempre é grande, mas sempre um "acontecimento".


Truta toma a minha isca como um convite.


Com movimento do braço, eu aceito a gentileza.


E as gentilezas cessam.


A emoção, a adrenalina, o caos, e ainda assim: harmonia, tranquilidade e felicidade.


Pescar cura as minhas feridas e esconde minhas imperfeições.


Dentro do rio eu sou um gigante.


Aqui escrevendo eu sou este sujeito amargo tentando se adoçar com lembranças.


( Continua... Nunca acaba... )


* Frase final do belissímo livro " A River Runs Throught It." de Norman MacLean.


Leitura recomendadíssima. Para os que conseguirem um cópia, o inglês pode ficar


meio árido pra quem não conhece alguns jargões do flyfishing.


Ignore este fato.


Leia esta história fantástica, costurada por um alfaite que fez o o mais belo traje,


ainda que simples, de um caimento perfeito que parece não ter corte ou costura.

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